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ONS vê alta na demanda por energia em novembro e disparada da carga no Norte

30 out 2020 - 14h27
(atualizado às 14h30)
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A demanda por energia no sistema elétrico interligado do Brasil deve avançar quase 3% em novembro na comparação com mesmo mês de 2019, projetou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta sexta-feira, em meio à gradual retomada de atividades após medidas restritivas adotadas para conter o coronavírus.

Rede de transmissão de energia em Brasília (DF) 
31/08/2017
REUTERS/Ueslei Marcelino
Rede de transmissão de energia em Brasília (DF) 31/08/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

A expansão de 2,7% da carga prevista para o próximo mês deve ser impulsionada por um significativo avanço no Sudeste, onde o consumo deve crescer nessa mesma proporção (+2,7%), e no Norte, onde é prevista disparada de 7,4%, de acordo com boletim do ONS.

O desempenho esperado mostra expressiva retomada frente ao início da pandemia. Em abril, primeiro mês totalmente impactado por quarentenas de governos estaduais e municípios contra a Covid-19, a carga de eletricidade desabou 12%.

No Sul e no Nordeste, o ONS projeta recuperação mais leve, com altas de 1,9% e 1,4%, respectivamente, na comparação com a demanda em novembro de 2019.

Em setembro o consumo de eletricidade já havia mostrado desempenho acima dos níveis pré-pandemia, com alta de 2,9% em base anual, segundo dados prévios da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Para novembro, o ONS também apresentou perspectivas sobre as chuvas na região das hidrelétricas, principal fonte de geração de energia no Brasil, que devem ficar abaixo da média histórica na maior parte do país.

No Sudeste, que concentra os maiores reservatórios, as precipitações devem atingir 75% da média para o mês, enquanto no Nordeste elas estão previstas em 67%. No Sul, que passa por uma seca, a projeção é de 28% da média.

Apenas o Norte deve ter chuvas mais favoráveis, em 97% da média histórica.

Com isso, o ONS estimou que o custo marginal de operação do sistema elétrico para a próxima semana deve ser de em média 368 reais por megawatt-hora. Na semana anterior, a projeção de custo marginal era de 318 reais para a atual semana.

Em meio ao melhor consumo e ao cenário hídrico desfavorável, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne autoridades e técnicos da área de energia do governo, aprovou na semana passada o acionamento excepcional de termelétricas adicionais para permitir que hidrelétricas poupem água nos reservatórios.

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