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Oi está focada em recuperação judicial, não em novos investidores, diz presidente

13 nov 2017 - 19h27
(atualizado às 20h57)
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A Oi ganhará com uma injeção de capital de terceiros, mas a companhia deveria se focar em negociações entre credores e acionistas antes de se engajar com outros investidores estratégicos, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo da empresa em recuperação judicial.

Em entrevista sobre os resultados da empresa no terceiro trimestre, o presidente-executivo Marco Schroeder afirmou que considera "extremamente importante" que a assembleia de credores da operadora tenha sido adiada da sexta-feira passada para 7 de dezembro, uma vez que credores e acionistas ainda não chegaram a um entendimento.

A operadora entrou com pedido de recuperação judicial em junho do ano passado, sob peso de cerca de 65 bilhões de reais em dívidas.

A Oi divulgou lucro líquido de 8 milhões de reais entre julho e setembro ante prejuízo líquido de 1,214 bilhão sofrido um ano antes, apoiada em efeitos cambiais sobre a dívida em moeda estrangeira.

Vários grupos sem participação significativa na operadora propuseram injeção de recursos na Oi em troca de ações da empresa, incluindo TPG Capital Management e a estatal chinesa China Telecom.

"Eu creio que não é um bom momento para ter esta conversa", disse Schroeder. "Temos que superar a questão da recuperação judicial antes de nos engajar realmente com estes grupos", afirmou Schroeder.

"Eu creio que foi extremamente importante marcar a assembleia de credores para 7 de dezembro, mesmo se não for conclusiva. As pessoas começam a discutir, começam a organizar as ideias."

Se os credores votarem contra o plano de recuperação a ser apresentado na assembleia, a Oi corre o risco de ter falência decretada. Entretanto, disse Schroeder, essa possibilidade é "praticamente inexistente" uma vez que os detentores de bônus da empresa perderiam quase todo o investimento neste cenário.

RESULTADO

O lucro da Oi no terceiro trimestre foi o primeiro resultado positivo da companhia desde 2015. Durante o trimestre, a Oi continuou com estratégia de cortes de custos. As despesas operacionais caíram 7,2 por cento sobre o mesmo período do ano passado, para 4,321 bilhões de reais e o investimento nas instalações da empresa recuou 1,5 bilhão de reais.

Apesar disso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 2,4 por cento, para 1,6 bilhão de reais.

A Oi teve queda de 7,3 por cento nas unidades geradoras de receita, pressionadas por recuo de 10 por cento em serviços de telefonia móvel.

A dívida líquida ao final de setembro somou 44,1 bilhões de reais, ante 44,5 bilhões ao fim de junho. O caixa ficou em 7,73 bilhões de reais, alta de 8 por cento no ano a ano e de 4 por cento na comparação trimestral.

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