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Nubank anuncia abertura de filial no México

7 mai 2019 - 17h14
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O Nubank anunciou nesta terça, 7, a abertura de uma filial no México, a primeira fora do Brasil a oferecer serviços a clientes bancários. A fintech não revelou o investimento, mas segundo a vice-presidente de operações e cofundadora Cristina Junqueira, a operação local começa com 20 funcionários, e pode contratar mais 100 até o final do ano.

O foco é no consumidor mexicano, e a empresa também vai abrir um hub de desenvolvimento de tecnologia no país. Estrutura semelhante já existe em Berlim, na Alemanha.

Em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Cristina disse que a escolha do México como segundo mercado do Nubank aconteceu principalmente pela alta concentração dos serviços bancários do país. "Essa concentração limita a inovação e eleva os custos, o que, em última instância, é péssimo para o consumidor", afirmou.

Em 2018, o México aprovou regulamentação específica para fintechs, com especificações sobre o uso de informações para fornecimento de serviços ao cliente.

Segundo dados de estudo da Finnovista, organização que acelera startups do setor financeiro, o México é sede do segundo maior ecossistema de fintechs na América Latina. Em agosto de 2018, data do último levantamento, eram 334 fintechs no país, que na região ficava atrás apenas do Brasil, sede de 377 organizações do tipo.

Ao mesmo tempo, o índice de bancarização mexicano é baixo. Cristina Junqueira citou dados do Banco Mundial, que mostram que 36 milhões de pessoas naquele país não têm conta bancária. Já o número de usuários de cartões de crédito é de apenas 25% da população, e o Nu enxerga uma oportunidade de negócio na ampliação desse total.

Desde 2013, o Nubank realizou sete rodadas de investimento, com captação total de cerca de US$ 420 milhões vindos de fundos como Sequoia Capital e Tiger Global Management.

Segundo Cristina, a expansão para o México vem da certeza do suporte dado pela geração de caixa do negócio no Brasil. Novos mercados ainda não estão definidos, mas não são descartados. "O movimento natural é explorar possibilidades na América Latina", afirmou ela.

Estadão
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