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'Nosso acionista não vai desistir do Brasil', diz presidente da Fiat para AL

Segundo Antonio Filosa, expansão da empresa se dará apoiada no crescimento econômico, que deve ser maior em 2019

15 out 2018 - 17h20
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O presidente da Fiat Chrysler para a América Latina, Antonio Filosa, admitiu nesta segunda-feira, 15, que não é fácil explicar o Brasil para os acionistas da empresa, mas disse que eles não vão desistir do País, apesar das incertezas que envolvem o ambiente político e econômico.

"O Brasil e a Argentina não são os melhores países para explicar aos acionistas. Não é simples. Mas nosso acionista tem confiança no Brasil. Na maior crise do País, investimos pesadamente em uma fábrica nova em Goiana, Pernambuco, inaugurada em 2015, e hoje estamos produzindo lá em três turnos", disse o executivo, em evento do setor automotivo em São Paulo, promovido pela editora AutoData.

"Não acho que a visão do nosso acionista agora seja de desistir. É claro que o questionamento é maior quando vamos aprovar projetos de investimentos individualmente a cada acionista. É normal. Mas é positiva e fundamentada a confiança em toda a América Latina", afirmou Filosa.

O presidente da Fiat Chrysler disse que a projeção da empresa para o mercado brasileiro de veículos leves em 2018 é de 2,44 milhões a 2,5 milhões de unidades. Para o ano que vem, ele afirmou "que não há razões específicas para pensar em mercado inferior a 2,6 milhões de unidades". Segundo ele, a expansão se dará apoiada no crescimento econômico, que deve ser maior em 2019, de 2,4% a 2,6%, do que em 2018, de 1,2% a 1,35%.

Locadoras

Filosa afirmou que tem feito menos negócios com as locadoras porque a margem da venda é menor, enquanto para outros clientes corporativos as oportunidades são mais vantajosas.

Ele explicou que, como a fábrica de Pernambuco tem operado no limite de produção, a empresa não consegue aumentar o número de carros produzidos para vender mais às locadoras. Com essa limitação, a Fiat tem dado prioridade a clientes que são pequenas e médias empresas, por oferecem margens maiores.

"Nossos volumes para locadoras estão caindo um pouco. Com a capacidade de produção que temos, estamos direcionando os produtos para onde é mais rentável para nós. As grandes locadoras são parceiros importantes, mas apresentam para nós oportunidades de margem menor do que os pequenos e médios negócios", disse o executivo, sem dar números da queda.

Filosa afirmou também que as pequenas e médias empresas, que representam a maioria dos negócios no Brasil, devem continuar sendo o motor da expansão econômica. "Temos uma posição dominante em vendas corporativas e, enquanto as pequenas e médias empresas forem o motor da economia, não vamos abrir mão disso", disse.

Estadão
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