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Nissan cancela planos para fabricar SUV X-Trail no Reino Unido, diz Sky News

2 fev 2019 - 16h05
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A fabricante de carros japonesa Nissan está cancelando os planos de montar o próximo modelo da sua SUV X-Trail no Reino Unido, menos de dois meses antes do prazo para o país deixar a União Europeia, afirmou a emissora de televisão Sky News, neste sábado.

A Nissan havia dito, quatro meses depois do pleito em que o Reino Unido votou para sair do bloco, em 2016, que fabricaria o novo modelo da sua SUV em terras britânicas, o que foi visto como um grande voto de confiança para o futuro da indústria no país.

A principal fábrica para a produção da atual X-Trail fica no Japão, enquanto a fábrica da Nissan em Sunderland, nordeste da Inglaterra, fabrica a menor SUV Qashqai e outros modelos.

"Detalhes precisos do anúncio iminente da Nissan não estavam claros neste fim de semana, mas fontes afirmam que é provável que comecem a abandonar os planos de produção do X-Trail, que haviam sido anunciados no outono de 2016", informou a Sky.

Um porta-voz da Nissan baseado no Reino Unido recusou-se a comentar.

A Sky afirmou que o anúncio, previsto para segunda-feira, não deve levar a perdas imediatas de postos de emprego na fábrica de Sunderland, porque a X-Trail ainda não é fabricada por ela, mas aumentaria dúvidas sobre futuros investimentos da Nissan no Reino Unido.

Além da X-Trail, a Nissan disse, em 2016, que fabricaria a próxima geração da Qhashqai SUV no Reino Unido, depois de receber garantias do governo em relação ao Brexit, no que foi visto, na época, como uma boa notícia para a primeira-ministra Theresa May.

No entanto, o fracasso do governo britânico, até agora, de negociar um plano de saída da União Europeia diminuiu o desejo de fabricantes de carro de usarem o Reino Unido como centro de produção na Europa. 

Investimentos na indústria automotiva britânica caíram pela metade ano passado, e a produção de carros da Nissan no Reino Unido diminuiu em mais de 10 por cento.

A Sociedade dos Comerciantes e Fabricantes de Motores afirmou que deixar a União Europeia, em 29 de março, sem um acordo de transição que preserve o fluxo de peças e veículos pelas fronteiras da União Europeia, causaria "uma devastação permanente" na indústria automotiva do Reino Unido.

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