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Ninguém no governo está na marca do pênalti, diz Bolsonaro

29 nov 2020 - 13h27
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O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo ninguém no seu governo está na "marca do pênalti" após especulações nos últimos dias envolvendo ministros.

Bolsonaro faz sinal de positivo após votar no Rio de Janeiro
29/11/2020
REUTERS/Pilar Olivares
Bolsonaro faz sinal de positivo após votar no Rio de Janeiro 29/11/2020 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

"Lá (em Brasília) por enquanto não tem ninguém na marca do pênalti não. Não tem ninguém na marca do pênalti , está ok?", disse Bolsonaro quando questionado pela Reuters.

"Há três semanas vocês (da imprensa) demitiram o Heleno e botaram na embaixada da França. Heleno veio falar... 'logo na França? Bota em Bahamas'", acrescentou Bolsonaro, referindo-se ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O presidente francês, Emmanuel Macron, é desafeto de Bolsonaro.

Durante a última semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, andou divergindo do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o ritmo das reformas estruturais. Antes, os atritos eram com a ala do governo que seria favorável a uma flexibilização dos gastos e possibilidade de se furar o teto de gastos.

Bolsonaro reiterou que Guedes é quem toma conta de 98% da economia e ele, como presidente apenas 2%.

"A economia esta na mão dele e é ele que decide como a Teresa Cristina decide a pecuária e agricultura", disse o presidente a jornalistas. Ele ainda fez elogios a Campos Neto.

Ao ser questionado se o auxílio emergencial poderia ser estendido para 2021, outro ponto de debate dentro do governo, Bolsonaro disse que "isso é com a Economia". No entanto, deu a entender que não há espaço fiscal para um prolongamento da ajuda.

"O auxilio foi endividamento mais de 700 bilhões (de reais)... o Brasil aguenta outra dessa? É como comprar fiado no botequim... chega uma hora se você não paga o cara não vende mais pra você", completou.

Bolsonaro ainda criticou a ameaça feita por alguns governantes de recuos na flexibilização da quarentena após um recrudescimento da Covid-19 no país.

"Se fechar tudo novamente não sei como podemos reagir."

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