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'Não se discute mais desoneração, veto será derrubado', diz líder do governo

Proposta já devia ter sido votada na última quarta-feira, 30, mas o presidente do Senado adotou uma manobra e cancelou a sessão do Congresso

5 out 2020 - 20h04
(atualizado às 20h36)
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BRASÍLIA - O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), admitiu que o veto à desoneração da folha salarial para 2021 será derrubado pelos parlamentares. A derrubada garante o benefício para 17 setores da economia por mais um ano. O impasse, porém, está na articulação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para adiar a votação.

"Não se discute mais desoneração. Se colocar na pauta, derruba o veto", disse o líder do governo ao Estadão/Broadcast. A proposta estava na pauta na última quarta-feira, 30. Alcolumbre, porém, adotou uma manobra para adiar a votação e cancelar a sessão do Congresso Nacional.

Eduardo Gomes admitiu que veto presidencial à desoneração será derrubado.
Eduardo Gomes admitiu que veto presidencial à desoneração será derrubado.
Foto: Beto Barata/Agência Senado / Estadão

O adiamento favorece o governo Jair Bolsonaro, pois deputados e senadores articulam a derrubada desse veto para garantir a desoneração - que acaba em dezembro deste ano - por mais um ano. Enquanto isso, os setores beneficiados pela desoneração apontem dificuldades para concluir a programação financeira do próximo ano. A equipe econômica é a favor do veto.

Alcolumbre vai se reunir com líderes partidários nesta terça-feira, 6, para definir a data da sessão do Congresso. Uma reunião entre bancadas do Senado, marcada para as 10 horas, deve dar o tom da agenda dos parlamentares para os próximos dias e sinalizar os rumos da votação sobre a desoneração.

Há outras propostas vetadas pelo presidente Jair Bolsonaro que também estão paradas no Congresso. Os vetos ao pacote anticrime, por exemplo, são de dezembro de 2019. Deputados e senadores também articulam uma derrota para o governo no novo marco legal do saneamento básico. O item vetado por Bolsonaro garante a renovação de contratos das empresas estaduais, uma condição colocada pelo Congresso para aprovar o projeto no primeiro semestre.

Estadão
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