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Não interessa data de votação da Previdência, mas economia a ser gerada, defende Maia

8 abr 2019 - 20h33
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que pautará a reforma da Previdência quando o governo considerar que tem votos e que a data não tem importância, e sim a economia a ser gerada pela proposta.

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, durante seminário em Brasília
08/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, durante seminário em Brasília 08/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Adriano Machado / Reuters

Antes um dos principais fiadores da reforma da Previdência, o presidente da Casa resolveu se distanciar da articulação política após ríspida troca de farpas com o presidente Jair Bolsonaro. Negou nesta segunda, no entanto, estar magoado e reafirmou sua defesa da proposta em evento organizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

"A data é irrelevante. Se é um mês antes, se é um mês depois, o importante é a economia", disse Maia, no evento.

"Se ela (a reforma) vai ser votada em junho ou em julho, ou em maio, para mim é irrelevante. O relevante é que a gente consiga 1 trilhão (de reais)", defendeu o deputado, que não descarta um prolongamento da discussão para o segundo semestre.

"Se conseguir 500 bilhões em junho e 1 trilhão em agosto, é melhor votar em agosto", acrescentou.

Ao se referir à rusga com o presidente e aliados, Maia disse ter sido mal interpretado quando demandava uma articulação política mais coordenada. Segundo Maia, ele e Bolsonaro discordam sobre como deve se dar a relação entre o Executivo e o Legislativo.

"Pauto a matéria no dia em que o governo entender que deva pautar", garantiu.

"Eu não falo mais de prazo, eu não falo mais de voto. Aliás, acho que falar de prazo e voto, pela minha experiência, atrapalha o governo. O governo falar que tem 200 votos hoje não faz a menor diferença O que precisa é ter 308 votos no dia da votação."

A reforma da Previdência tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que analisa sua admissibilidade. O relator da matéria na comissão, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), deve apresentar seu parecer na terça-feira, mas o relatório só deve ser votado pelo colegiado na semana seguinte.

Uma vez analisado pela CCJ, o texto ainda precisa passar por uma comissão especial da Câmara e só então está pronto para ser submetido ao plenário da Casa, onde precisará passar por dois turnos de votação. Para que seja aprovado, é exigido um mínimo de 308 votos em cada rodada de votação no plenário.

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