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Não há condição de fazer intervenção na Vale agora, diz Onyx

Ministro da Casa Civil afirmou que o governo vai esperar a investigação das causas do rompimento da barragem em Brumadinho (MG) para tomar decisão sobre diretoria da mineradora; segundo ele, intervenção "não seria boa sinalização para o mercado"

29 jan 2019 - 13h31
(atualizado às 13h35)
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BRASÍLIA - O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta terça-feira, 29, que o governo federal vai aguardar a investigação das causas do desastre ocorrido com o rompimento de uma barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), para decidir sobre uma eventual intervenção na diretoria da empresa.

"Não há condição de haver nenhum grau de intervenção agora. Isso não seria uma boa sinalização para o mercado", afirmou Onyx em entrevista coletiva realizada após a reunião semanal do conselho ministerial do governo. O encontro tratou hoje exclusivamente sobre o ocorrido em Minas Gerais.

O governo federal possui a chamada "golden share", ação que dá poder especial para o Estado, além de ser representado por outros acionistas. Por isso, poderia convocar a reunião do conselho de administração da empresa e pressionar pela saída da atual diretoria. O governo brasileiro possui 12 ações do tipo na Vale.

Questionado sobre se o governo pretende fazer tal convocação ou se apoia a cúpula da empresa, o ministro afirmou apenas que "não cabe ao governo ficar atuando diretamente no comando das empresas que não são de sua responsabilidade direta".

"Se as investigações mostrarem que há dolo, que há falha, o governo vai exercer o seu direito (de convocar o conselho de administração. [...] Mas o governo tem de ter humildade para saber que não pode tudo e prudência para saber que está em jogo um setor muito relevante para o País. Tem de haver equilíbrio", afirmou Onyx.

Na segunda-feira, 28, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o gabinete de crise do governo estava estudando a possibilidade de afastar a diretoria da mineradora.

Estadão
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