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Motores do crescimento chinês enfraquecem em outubro em meio a guerra comercial

14 nov 2019 - 07h50
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O crescimento da produção industrial da China desacelerou significativamente mais do que o esperado em outubro, com a fraqueza na demanda global e doméstica e a prolongada guerra comercial com os Estados Unidos pesando sobre amplos segmentos da segunda maior economia do mundo.

Trabalhador em fábrica de equipamentos esportivos em Hangzhou, na China
China Daily via REUTERS
Trabalhador em fábrica de equipamentos esportivos em Hangzhou, na China China Daily via REUTERS
Foto: Reuters

A produção industrial cresceu 4,7% em relação ao ano anterior em outubro, segundo dados oficiais divulgados na noite de quarta-feira, abaixo da mediana das previsões de pesquisa da Reuters (+5,4%) e do resultado de setembro (+5,8%).

Os indicadores mostraram que outros setores também reduziram significativamente o ritmo e ficaram abaixo das previsões, com o crescimento das vendas no varejo próximo de uma mínima em 16 anos e o aumento do investimento em ativos fixos sendo o mais fraco já registrado.

Os números decepcionantes mostram a China em um difícil início de último trimestre do ano e reforçarão apelos para que Pequim ofereça novo apoio, depois que o crescimento do terceiro trimestre desacelerou para o patamar mais fraco em quase três décadas, com a produção industrial golpeada pela guerra comercial entre EUA e China.

A vasta atividade no setor fabril da China permaneceu fraca em outubro, com os preços ao produtor caindo no ritmo mais rápido em mais de três anos e a atividade manufatureira em contração por seis meses consecutivos, mostraram indicadores recentes.

O investimento em ativos fixos, um dos principais impulsionadores do crescimento econômico, aumentou apenas 5,2% de janeiro a outubro, contra crescimento esperado de 5,4% e o ritmo mais fraco desde que a Reuters começou a compilar os dados, em 1996.

O investimento em infraestrutura aumentou 4,2% nos primeiros dez meses, desacelerando de um ganho de 4,5% entre janeiro e setembro.

As vendas no varejo cresceram 7,2% em relação ao ano anterior em outubro, abaixo da taxa esperada de 7,9% e igualando a mínima em mais de 16 anos registrada em abril.

Os consumidores foram prejudicados pelos preços mais altos dos alimentos nos últimos meses, com o aumento dos preços da carne suína e de outras carnes.

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