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Montadoras alemãs têm 50% de chance de sofrer destino de Detroit, diz VW

16 out 2018 - 12h06
(atualizado às 12h33)
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Montadoras alemãs só têm 50 por cento de chances de se manterem como líderes na indústria automobilística, a menos que transformem seus negócios para atender às novas regulamentações e adaptar as cadeias de fornecimento, disse o presidente-executivo da Volkswagen nesta terça-feira.

Presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess, durante evento da empresa em Berlim, Alemanha
03/05/2018 REUTERS/Axel Schmidt
Presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess, durante evento da empresa em Berlim, Alemanha 03/05/2018 REUTERS/Axel Schmidt
Foto: Reuters

Os fabricantes de carros se queixaram das novas regulamentações, incluindo a proibição de veículos a diesel mais antigos nas cidades alemãs e medidas mais amplas da União Europeia para reduzir as emissões de poluentes de carros, dizendo que vão prejudicar a indústria automobilística da Europa e custarão empregos.

"Se você olhar para os antigos bastiões da indústria automobilística como Detroit, Oxford Cowley ou Turim, você entende o que acontece com cidades quando as empresas outrora poderosas e líderes industriais fraquejam," disse o presidente-executivo Herbert Diess em conferência de fornecedores automotivos Wolfsburg.

A associação da indústria automotiva alemã, VDA, disse que a proibição da circulação de veículos movidos a combustão a partir de 2030 ameaça mais de 600 mil empregos industriais alemães, dos quais 436 mil estão em montadoras e seus fornecedores.

Regras mais rígidas podem tirar algumas montadoras do mercado devido ao ritmo das reformas necessárias para migrar para a produção de carros elétricos e enfrentar novas ameaças geopolíticas, disse Diess.

"Do ponto de vista atual, as chances talvez sejam de 50 por cento de que a indústria automobilística alemã ainda pertença à elite global daqui a dez anos", disse ele, referindo-se aos principais atores alemães do setor, a Volkswagen, a BMW e a Daimler.

BMW, Audi, da VW, e Mercedes detêm cerca de 90 por cento de participação de mercado no segmento premium de automóveis, mas um esforço para cortar as emissões prejudica os veículos de alta potência e, portanto, as marcas alemãs em particular.

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