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Moedas Globais: DXY recua levemente à espera de payroll; libra se fortalece

5 ago 2021 - 17h39
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O dólar operou sem direção única em relação a moedas rivais nesta quinta-feira, sem grande impulso à medida que investidores esperam pelo relatório de empregos dos EUA, conhecido como payroll, de julho. O índice DXY, que mede a variação da divisa americana em relação a seis pares, recuou levemente, pressionado pela libra, que se fortaleceu após o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) anunciar manutenção de juros no Reino Unido.

O DXY encerrou o dia em baixa de 0,03%, aos 92,244 pontos, e a libra subia a US$ 1,3932 no fim da tarde em Nova York. Neste período, o euro caía a US$ 1,1836, e o dólar apreciava a 109,73 ienes.

A divisa dos Estados Unidos operou de lado hoje, mantendo os níveis da sessão passada antes do Departamento do Trabalho americano divulgar o número de postos de trabalho abertos no mês passado, esperado para amanhã, às 9h30 (de Brasília).

Analista do Western Union, Joe Manimbo diz que o payroll será importante para o dólar em meio a "sinais mistos" sobre a saúde econômica dos EUA, e projeta que uma geração inferior a 870 mil empregos pesaria sobre a moeda americana.

Analistas consultados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) estimam que 650 mil a 1,15 milhão de vagas foram criadas em julho na principal economia do mundo. A mediana das estimativas é de 900 mil.

Enquanto o payroll não sai, investidores ficam atentos a comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), de olho em possíveis dicas sobre a trajetória da política monetária do BC. Durante evento do American Enterprise Institute, Christopher Waller afirmou já enxergar uma recuperação do mercado de trabalho dos EUA, e destacou que 85% dos empregos seriam recuperados desde o choque da pandemia de covid-19 caso o payroll de amanhã apresente criação de vagas próxima de 1 milhão.

Na Europa, o foco do mercado ficou por conta da decisão de política monetária do BoE, além de falas do seu presidente, Andrew Bailey, em coletiva de imprensa após o anúncio do BC britânico. A entidade decidiu manter a taxa de juros no Reino Unido em 0,10% ao ano, bem como o volume do programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) em 895 milhões de libras. A decisão foi benéfica à libra esterlina, que reagiu positivamente ao anúncio.

Depois, no entanto, falas de tom relativamente "hawkish" de Bailey reduziram momentaneamente os ganhos da moeda britânica. O banqueiro central declarou que será necessário um aperto monetário "modesto" caso as projeções positivas para a economia do Reino Unido se confirmem.

Entre emergentes, a lira turca perdeu força ante o dólar, após o presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan, afirmar que um corte na taxa básica de juro do país, atualmente em 19%, ajudaria a conter a inflação local. O episódio foi lido como mais uma tentativa de Erdogan de pressionar o BC turco. No horário citado anteriormente, o dólar avançava a 8,5301 liras.

Estadão
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