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Moedas Globais: dólar avança ante rivais, com maior busca por segurança

28 set 2021 - 18h26
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O dólar se fortaleceu ante moedas rivais nesta terça-feira. Os investidores buscaram o ativo, considerado porto seguro, em meio às preocupações com os cortes de energia da China e suas consequências. Nos EUA, autoridades alertaram sobre a necessidade de elevar o teto da dívida, que se encontra em negociação. Dados macroeconômicos americanos também estiveram no radar.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 111,52 ienes, o euro recuava a US$ 1,1683 e a libra tinha baixa a US$ 1,3532. O DXY subiu 0,37%, a 93,74 pontos.

Nesta sessão, os operadores negociaram com maior cautela. Os cortes de energia na China geraram temores sobre seu impacto na produção do país. Diante desse cenário, a Nomura e o Goldman Sachs reduziram sua previsão de crescimento da segunda maior economia do mundo em 2021.

Paralelamente, os americanos vivenciam um impasse no orçamento nacional. O líder da maioria do Senado, Chuck Schumer, disse que iria propor a votação para elevação do teto da dívida ainda hoje - mesmo que ela fosse aprovada apenas pelos votos democratas. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, frisaram a importância da medida para evitar que os EUA entrem em default pela primeira vez na história.

Ainda nos EUA, o índice de confiança do consumidor caiu aquém do previsto por analistas em setembro. Para o ING, a pandemia e a alta recente na inflação americana têm pesado sobre o indicador. A previsão do banco holandês é que haja uma recuperação da confiança em breve, uma vez que o pico de infecções pela covid-19 parece ter ficado para trás.

Em relação ao euro, o analista da Western Union George Vessey diz esperar que a moeda comum no bloco esteja marcada pelo impasse político no curto prazo, dadas as negociações de coalizão na Alemanha. No longo prazo, porém, a expectativa do analista é que haja um cenário positivo para o euro, com um ambiente "menos hostil" aos investimentos e com maior integração europeia em um cenário pós-Merkel, diz ele.

Em uma análise do contexto internacional, o Wells Fargo mudou suas projeções no câmbio. O banco espera que o dólar se fortaleça neste ano, mas retorne a uma tendência mais fraca em seguida. A perspectiva para o iene e para a libra também se enfraqueceu. Para as outras divisas, a previsão segue a mesma.

Estadão
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