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Moagem de cana do CS deve crescer 1% em 19/20, diz Safras

22 fev 2019 - 13h09
(atualizado às 15h39)
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A moagem de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil, principal região produtora do país, alcançará 570 milhões de toneladas na nova temporada (2019/20), aumento de 1 por cento ante o registrado no ciclo passado, estimou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado, em sua primeira previsão para o novo ano.

Plantação de cana-de-açúcar em Kandal, no Camboja
23/01/2019
REUTERS/Samrang Pring
Plantação de cana-de-açúcar em Kandal, no Camboja 23/01/2019 REUTERS/Samrang Pring
Foto: Reuters

O centro-sul responderá por 93,75 por cento da safra brasileira, que foi estimada pela Safras em 608 milhões de toneladas, ante 600 milhões de toneladas na temporada anterior.

O crescimento na produção de cana no centro-sul, cuja moagem começa oficialmente em abril, é justificado pelas chuvas benéficas registradas em fevereiro e que devem se prolongar por março e abril.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Maurício Muruci, as precipitações têm potencial de recuperar os canaviais depois da estiagem verificada entre a segunda metade de dezembro e o final de janeiro.

Já a produção de açúcar do centro-sul foi estimada em 28 milhões de toneladas, 5,66 por cento acima de 2018/19. O Brasil no total deve produzir 30,3 milhões de toneladas da commodity, uma alta de 6,32 por cento, de acordo com relatório da consultoria.

"O crescimento esperado está relacionado com uma recuperação modesta nos preços internacionais neste início de 2019 e com a desvalorização do real frente ao dólar, além da queda projetada para a Índia, principal competidora brasileira no mercado global", disse Muruci.

Para o etanol, a expectativa é de uma produção total do país de 34,44 bilhões de litros, volume que inclui o biocombustível de milho, que tem crescido no país.

Essa produção, se confirmada, representará crescimento de 6,36 por cento na comparação com a temporada 2018/2019, puxado pelo etanol hidratado, usados nos veículos flex.

"Com uma demanda muito firme para o biocombustível no país e com os preços da gasolina avançando no início do ano, as usinas devem continuar priorizando o etanol na matriz de produção", apontou Muruci.

Por outro lado, acrescentou ele, a oferta de etanol anidro tende a continuar caindo face ao consumo estagnado da gasolina.

Muruci explicou que a obtenção de um crescimento maior na produção de açúcar e etanol, em relação ao pequeno aumento da moagem, ocorre por fatores como a maior fabricação do biocombustível hidratado, que tem água contida, em detrimento do anidro.

Variedades de cana com maior sacarose, assim como a renovação de canaviais, também colaboram com o crescimento maior da produção de etanol e açúcar.

"Importante salientar que há um ajuste negativo por parte do anidro que compensa essa diferença, sendo que o restante se dá em termos de ganhos produtivos, não esquecendo que a oferta de hidratado também comporta o biocombustível feito a partir de milho, que tem crescido de forma importante desde a safra anterior", destacou o analista.

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