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Ministro saudita diz ver maior consenso entre Opep e aliados sobre pacto de produção

3 jun 2019 - 09h11
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O ministro de Energia saudita, Khalid al-Falih, disse que tem surgido um consenso entre a Opep e aliados, grupo conhecido como Opep+, pela continuidade de trabalhos conjuntos para a estabilidade do mercado de petróleo no segundo semestre, segundo o jornal estatal da Arábia Saudita Arab News.

Os preços do petróleo tiveram em maio a maior queda mensal em seis meses, em meio a preocupações com o impacto de disputas comerciais sobre a demanda pela commodity.

A Arábia Saudita produziu 9,65 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo em maio, disse uma fonte do setor, com um corte maior que sua meta dentro do acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e parceiros incluindo a Rússia.

A meta de produção dos sauditas dentro do acordo da Opep é 10,3 milhões de bpd. Em abril, o país produziu 9,742 milhões de bpd. O acordo pelos cortes vai até o final de junho.

"Nós faremos o que for necessário para sustentar a estabilidade do mercado além de junho. Para mim, isso significa reduzir os estoques ante seus níveis atuais, que estão elevados", disse Falih, segundo o jornal Arab News.

Os estoques de petróleo dos EUA caíram menos que o esperado na semana passada, segundo dados da Administração de Informação de Energia na quinta-feira. Os estoques estão próximos do maior nível desde junho de 2017 e cerca de 5% acima da média de cinco anos.

O sentimento baixista tem sido alimentado ainda pela guerra comercial entre EUA e China, que gera temores de uma desaceleração econômica global que pesaria sobre a demanda por petróleo. Ao mesmo tempo, no entanto, sanções dos EUA sobre Venezuela e Irã cortaram suas exportações.

"A maior tensão comercial e as potenciais barreiras certamente terão um impacto negativo sobre a economia global e o crescimento da demanda. Mas a direção das negociações (entre EUA e China) é difícil de ser prevista", afirmou Falih.

""Você pode ter certeza de que seremos responsivos... Esses níveis (de volatilidade) são totalmente injustificados à luz dos fundamentos atuais do mercado, que permanecem saudáveis, e dos altos níveis de disciplina dos produtores da Opep +", acrescentou.

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