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Ministro saudita diz que Opep está perto de estender pacto de cortes no petróleo

7 jun 2019 - 14h48
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A Arábia Saudita afirmou nesta sexta-feira que a Opep e seus aliados devem estender os cortes de produção de petróleo em torno dos níveis atuais, uma vez que o reino não deseja lutar com os Estados Unidos por uma parcela do mercado ou ver a repetição do colapso nos preços ocorrido há cinco anos.

O ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, também disse que a Opep está próxima de acertar o prolongamento do pacto de cortes de oferta para além de junho, embora ainda sejam necessárias mais negociações com países não membros da Opep que fazem parte do acordo.

Em uma aliança conhecida como Opep+, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, ao lado da Rússia e outros produtores, mantém um acordo para a redução de oferta em 1,2 milhão de barris por dia (bpd), válido desde 1º de janeiro. O pacto termina neste mês, e o grupo se reunirá nas próximas para decidir sua próxima ação.

"Por parte da Opep, uma extensão está quase certa. A questão é calibrar com os não membros da Opep", disse Falih em um fórum econômico em São Petersburgo, na Rússia. "Não acho que haverá a necessidade de aprofundar o corte."

"Tenho expectativa de que será uma decisão fácil e que prosseguiremos, mas se não for, seremos flexíveis no tocante à nossa posição no reino", afirmou ele.

Os preços do petróleo registraram alta de 16% até aqui neste ano, em parte devido ao acordo da Opep+, mas recuaram de uma máxima acima dos 75 dólares, tocada em abril, para menos de 62 dólares por barril, por preocupações a respeito da demanda, causadas pela guerra comercial entre EUA e China e pela desaceleração do crescimento econômico.

Falih declarou que as últimas três semanas, quando houve uma queda particularmente acentuada, não foram boas, acrescentando que um preço abaixo da marca de 60 dólares não ofereceria às petroleiras confiança suficiente para investimentos.

Visando a redução de seus estoques, a Arábia Saudita reduziu ainda mais a oferta em relação ao corte acertado pela Opep+.

Segundo Falih, o reino estava bombeando 700 mil bpd abaixo do alvo de 10,311 milhões de bpd, o que significa uma produção de cerca de 9,6 milhões de bpd. "É claro que nós queremos reduzir os estoques", disse o ministro.

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