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Minério de ferro recua na China com otimismo sobre retomada de operações da Vale

17 jun 2019 - 08h19
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Os futuros do minério de ferro na China recuaram nesta segunda-feira após uma máxima recorde na semana passada, com participantes do mercado ignorando uma redução adicional nos estoques da commodity e focando ao invés disso nas perspectivas de embarques do Brasil.

A mineradora Vale espera retomar em breve em sua mina de Brucutu (MG) a operação de uma capacidade anual de 20 milhões de toneladas, segundo analistas que estiveram em recente encontro com executivos da companhia.

Preocupações com segurança após o colapso de uma barragem da Vale em janeiro levaram ao fechamento de outras minas da empresa, reduzindo a oferta para a China, principal compradora global de minério de ferro e responsável pela produção de cerca de metade do aço utilizado no mundo.

A Vale precisa de autorização judicial para retomar a operação total em Brucutu, que está funcionando com cerca de um terço de sua capacidade de 30 milhões de toneladas por ano.

O contrato mais ativo do minério de ferro na bolsa de Dalian, para setembro, fechou a sessão com queda de 2,4%, a 768,5 iuanes (110,98 dólares) por tonelada. Ele chegou a cair 3,4% mais cedo na sessão.

A Vale ainda pode retomar outros 30 milhões de toneladas em capacidade no segundo semestre, com as minas Alegria, Vargem Grande e Timbopeba recebendo licenças para processamento a seco, segundo analistas da XP Investimentos que se reuniram com executivos da Vale.

A corretora Marex Spectron espera um alívio nas condições de oferta de minério de ferro nos portos da China, embora os últimos dados da consultoria SteelHome mostrem que os estoques nos portos caíram mais na semana passada, para 118,7 milhões de toneladas. Esse é o menor nível em cerca de dois anos e meio.

"Nossos indicadores continuam a apontar para um crescimento estável na oferta futura, assim como mais embarques chegando à China", disse Hui Heng Tan, analista da Marex Spectron.

Já o minério de ferro com 62% de teor para entrega na China estava a 111 dólares por tonelada na sexta-feira, uma máxima de cinco anos, segundo a SteelHome.

Após um rali na semana passada que levou o contrato setembro do minério de ferro a um recorde de 797,5 iuanes por tonelada, a bolsa de Dalian disse na sexta-feira que irá elevar limites e margens para negociações com o contrato de referência a partir de 18 de junho.

Os limites vão subir para 8%, ante os atuais 6%, enquanto as margens subirão para 10%, de 8%.

Os futuros do aço também caíram, com o contrato mais ativo em Xangai, para outubro, recuando 2,1%, para 3.704 iuanes por tonelada.

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