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Minério cai mais de 4% na China por otimismo sobre Vale e embarques do Brasil

2 ago 2019 - 08h44
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Os contratos futuros de minério de ferro negociados na China caíram mais de 4% nesta sexta-feira, o maior recuo em quatro semanas, e registraram a segunda perda semanal consecutiva, depois que o Brasil anunciou uma recuperação nas exportações da matéria-prima siderúrgica em julho.

Minério de Ferro em Dalian Port, na China
26/09/2018
 REUTERS/Muyu Xu
Minério de Ferro em Dalian Port, na China 26/09/2018 REUTERS/Muyu Xu
Foto: Reuters

Preocupações sobre a demanda por produtos siderúrgicos também pesaram sobre o minério de ferro, depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, prometer aplicar novas tarifas de 10% sobre outros 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir de 1º de setembro.

O contrato do minério de ferro mais negociado na bolsa de Mercadorias de Dalian, com vencimento em janeiro de 2020, caiu até 4,8%, para 720,50 iuanes (103,91 dólares) a tonelada. Ele fechou em queda de 4,2%, a 724,50 iuanes, registrando a queda mais acentuada em um dia desde 5 de julho.

As exportações brasileiras de minério de ferro aumentaram 16,6% em julho em relação ao mês anterior, para 34,3 milhões de toneladas, o maior volume desde outubro, após a Vale retomar a produção em sua maior mina de Minas Gerais, apontaram dados oficiais na quinta-feira.

Além disso, o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, afirmou na quinta-feira esperar que o segundo trimestre tenha sido de transição e que a empresa terá um terceiro trimestre "bastante forte".

Preocupações sobre a escassez global de minério de ferro, como resultado das paradas em mina da Vale para verificações de segurança após um desastre fatal em janeiro, levaram o minério de ferro de Dalian a registrar recordes este ano.

Os preços spot dos minérios para entrega à China, maior produtora e consumidora de aço do mundo, atingiram seu maior valor em mais de cinco anos, com recentes cortes de fornecimento na Austrália depois que um ciclone prejudicou as operações de mineração, aumentando as preocupações.

"A Vale disse que 20 milhões de toneladas das 50 milhões de toneladas de capacidade que ainda está 'off-line' serão gradualmente reiniciadas até o final do ano", disse a ANZ Research em nota. "Os 30 milhões restantes levarão de dois a três anos para voltar a ficar online."

A Vale, maior exportadora de minério de ferro do mundo, também espera retomar a produção na Samarco, uma joint venture com a BHP que está fechada desde 2015, no segundo semestre do próximo ano.

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