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Mídia estatal chinesa distancia prisão de executiva da Huawei de negociações comerciais com EUA

10 dez 2018 - 13h51
(atualizado às 13h57)
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A mídia estatal chinesa denunciou nesta segunda-feira a prisão da vice-presidente financeira da gigante de tecnologia Huawei, mas não a vinculou o caso a negociações envolvendo a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, em um aparente esforço para não minar as perspectivas de um acordo.

Prédio da Huawei em Pequim, China
06/12/2018 REUTERS/Thomas Peter
Prédio da Huawei em Pequim, China 06/12/2018 REUTERS/Thomas Peter
Foto: Reuters

Autoridades do alto escalão da Casa Branca insistiram que a prisão da executiva, Meng Wanzhou, no Canadá, após um pedido de extradição dos EUA, foi devida a uma questão de aplicação da lei e que isso não inviabilizaria as negociações comerciais com a China.

O Ministério das Relações Exteriores da China criticou o que chamou de "demanda despropositada" dos EUA no Canadá para deter Meng enquanto ela passava por Vancouver em 1º de dezembro. O Ministério do Comércio chinês se recusou a comentar o assunto.

"No momento, parece que houve uma frágil concordância da China e dos Estados Unidos para não vincularem as duas (questões)", disse o influente jornal Global Times. Em um comentário separado, o jornal sugeriu que os EUA se isolariam da economia digital do mundo se evitasse relações com a Huawei.

O jornal China Daily disse em um editorial sobre a prisão da executiva que esperava que o Canadá não "segurasse uma vela enquanto o diabo realiza seus atos sujos".

Mas houve pouca menção, na mídia estatal, de tensão sobre a questão da Huawei ter respingado nas negociações comerciais, uma possibilidade que abalou os mercados globais, já que os investidores temem que isso possa minar as tentativas de aliviar a guerra.

"Se você não vê nenhuma discussão na mídia chinesa, essa é a intenção do governo", disse Tu Xinquan, especialista em comércio da Universidade de Negócios Internacionais e Economia de Pequim.

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