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MB Agro vê recuo no plantio de milho do Brasil 2017/18 por preços baixos

29 ago 2017 - 17h57
(atualizado às 18h24)
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A área plantada com milho na temporada 2017/18 deverá ser menor no Brasil, refletindo um 2017 marcado por baixos preços para o cereal em meio a uma safra recorde no país, projetou nesta terça-feira o sócio da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros.

Colheita de milho em plantação em Santo Antônio do Jardim, no Estado de São Paulo
06/02/2014
REUTERS/Paulo Whitaker
Colheita de milho em plantação em Santo Antônio do Jardim, no Estado de São Paulo 06/02/2014 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Conforme estimativas apresentadas no 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes, a primeira safra 2017/18 de milho, colhida no verão, deverá perder área para a soja e totalizar 5,10 milhões de hectares, 8 por cento menos na comparação anual.

Já a segunda safra deve perder área para o algodão e alcançar 11,47 milhões de hectares, queda de 3 por cento ante a temporada anterior.

Na safra 2016/17, cuja colheita está sendo finalizada, o Brasil deve produzir mais de 97 milhões de toneladas, favorecido por um clima muito bom nas principais regiões. O país é o segundo exportador global do cereal.

Ainda segundo Mendonça de Barros, as cotações deprimidas do milho neste ano, em função da grande produção, devem ter impacto negativo também sobre as entregas de fertilizantes.

Os preços atuais na região de referência de Campinas (SP) estão em torno de 26 reais a saca de milho, ante 43 reais na mesma época do ano passado, quando houve uma oferta menor após quebra de safra, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

"A decisão (sobre compras de fertilizantes) para a 'safrinha' (segunda safra 2017/18) será muito tardia. Poderá ser bem pior que em outros anos, talvez 'espirre' para janeiro e não seja contabilizada nos meses de novembro e dezembro", explicou.

A MB Agro prevê que as entregas de fertilizantes no Brasil em 2017 ficarão em torno de 34 milhões de toneladas --a previsão anterior da consultoria, revisada recentemente, era de 34,6 milhões de toneladas.

Caso se confirmem, as 34 milhões de toneladas ficariam em linha com o esperado pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) para 2017, conforme disse também nesta terça-feira o presidente do Conselho de Administração da entidade, Carlos Heredia.

Para os próximos anos, Mendonça de Barros estima que as entregas de fertilizantes no Brasil atinjam 34,4 milhões de toneladas em 2018 e aumentem sucessivamente até 36,2 milhões de toneladas em 2021.

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