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Marfrig conversa com bancos interessados em financiar operação com BRF

7 dez 2018 - 16h05
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A Marfrig Global Foods está mantendo conversas com bancos interessados em financiar a compra de ativos da BRF, anunciada nesta sexta-feira, 7, apesar de caixa "não ser um problema para a companhia neste momento", disse o diretor executivo financeiro e de Relações com Investidores da Marfrig, Marco Spada, em teleconferência com analistas. Ele disse, porém, que "se houver necessidade de um financiamento a longo prazo, será bem vindo", acrescentou o executivo.

Mais cedo, o CEO global da Marfrig, Eduardo Miron, e o CEO da América do Sul, Miguel Gularte, afirmaram em teleconferência com jornalistas que a empresa ainda estudará a melhor forma de pagar pela aquisição da argentina Quickfood e a planta de processados de carne bovina localizada em Várzea Grande (MT). O valor total da operação é de cerca de R$ 334 milhões e a expectativa de Miron é que o contrato seja liquidado em meados de janeiro.

Com relação ao processo de redução do endividamento da empresa, amplamente citado durante o período em que a Marfrig negociava a venda da Keystone, nos Estados Unidos, o CEO global avalia que os acordos com a BRF foram estratégicos e merecem que a Marfrig "gaste um pouco mais de tempo" para seguir com o plano de desalavancagem. "O impacto sobre a alavancagem é pequeno", acrescenta o executivo.

No terceiro trimestre de 2018, a alavancagem - medida pela relação entre dívida líquida e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado - em base proforma atingiu 2,57 vezes em reais (considerando a conclusão da venda da Keystyone para Tyson Foods). Sem considerar a venda, a alavancagem estaria em 4,19 vezes.

Durante a manhã, as ações da Marfrig chegaram a recuar 1,26%, enquanto as da BRF cediam 0,74%, logo após a primeira anunciar a aquisição de ativos da segunda. No mesmo instante, o Ibovespa recuava 0,56%, aos 88.345 pontos. Durante a tarde, o mercado começou a absorver a operação e os papéis da Marfrig entraram no campo da neutralidade.

Estadão
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