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Maia diz que trabalhará 'como deputado' pela Previdência

No entanto, presidente da Câmara voltou a demonstrar preocupação com desorganização da base do governo

28 mar 2019 - 21h05
(atualizado às 21h39)
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Em entrevista à Rádio CBN, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que a escolha do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) como relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de reforma da Previdência foi "o primeiro passo em direção à reforma" e que trabalhará pessoalmente, como deputado, e não como presidente da Câmara", para a aprovação da reforma.

De acordo com Maia, a matéria da Previdência é importante porque "ou a aprovação levará o Brasil ao crescimento, ou a reprovação nos levará para um caminho de recessão profunda". O presidente da Câmara também aproveitou a entrevista para elogiar o ministro da Economia, Paulo Guedes, que, de acordo com ele, "tem sido uma pessoa com bom diálogo com a Câmara".

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Foto: Dida Sampaio / Estadão

No entanto, Maia demonstrou preocupação com o andamento da matéria porque "a base do governo ainda está desorganizada", prometendo que conversará com os parlamentares com quem possui boa relação para avançar no debate mais técnico e profundo do texto para que "até o meio do ano ou início do segundo semestre" a reforma seja definida.

Perguntado sobre a declaração de líderes partidários da Câmara que assinaram documento se comprometendo a retirar do texto da Previdência as alterações no benefício de prestação continuada, Maia afirmou que "esse ponto não gera nenhum tipo de problema econômico em relação à expectativa do governo com a economia" prevista com a reforma.

No início da entrevista, Maia afirmou que preferia não comentar suas declarações no final da tarde desta quarta-feira, 27, quando disse que o presidente Jair Bolsonaro deveria "parar de brincar de governar", dizendo que este assunto já foi superado e, para demonstrar que "temos que perder energia com coisas secundárias", convidou Guedes para almoçar e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para um café da manhã em sua residência.

Ao final da conversa, Maia foi perguntado sobre a declaração de Bolsonaro em sua Live semanal nas redes sociais na qual afirmou que, retornando de sua viagem a Israel, vai "filar uma boia" na residência oficial do presidente da Câmara, mas desconversou e falou que seus atritos com Moro foram superados.

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Estadão
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