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Maia diz que idade mínima para aposentadoria defendida por Bolsonaro 'mata a transição'

Para o presidente da Câmara, em função do aumento da expectativa de vida dos brasileiros, a redução da idade mínima não pode ser acompanhada de regras de transição

4 jan 2019 - 14h08
(atualizado às 15h53)
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BRASÍLIA - Em visita oficial ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou na manhã desta sexta-feira, 4, em São Paulo, que a fixação da idade mínima para a aposentadoria em 57 anos (mulheres) e 62 (homens), conforme sugerido pelo presidente Jair Bolsonaro para uma reforma da Previdência, "mata a transição". As idades são menores que as da proposta do governo Michel Temer que está no Congresso.

Maia disse que não vê problema em defender uma reforma na linha sugerida por Bolsonaro, mas ressaltou que, em função do aumento da expectativa de vida dos brasileiros, a redução da idade não pode ser acompanhada ainda de regras de transição.

"Uma coisa mata a outra. Com idade mínima menor sem transição pode ser uma alternativa." Em busca da reeleição para a presidência da Casa, o deputado afirmou que vai aguardar a proposta final. "Não ficar tratando de partes. Vou esperar que o governo encaminhe a proposta final."

Bolsonaro não deu detalhes de como seria feita a transição, a forma como as idades vão subir e se essa exigência vale para todos os tipos de aposentadoria no Brasil. O presidente também se mostrou sensível à ideia de que diferenças na expectativa de vida da população sejam traduzidas em diferenciação de idade para diferentes profissões e regiões.

Pelo texto que está pronto para ser votado na Câmara, a idade mínima para homens é de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. Essas idades, no entanto, só seriam fixadas de forma completa depois de uma transição de 20 anos - 2039, se fosse aprovada esse ano.

Doria defendeu a aprovação de uma reforma previdenciária para "colocar o Brasil na marcha do crescimento" o mais rápido possível, e afirmou que a bancada do PSDB está orientada a votar a favor. Depois, questionado se a orientação partiu dele, o governador disse que o presidente nacional do partido, Geraldo Alckmin, é que fará essa orientação, da mesma forma como orientará no que diz respeito à reeleição de Maia para a presidência da Câmara dos Deputados.

Estadão
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