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Lucro líquido da Gerdau cresce 830,7% e atinge R$ 698 milhões no 2º tri

8 ago 2018 - 10h17
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O lucro líquido da Gerdau no segundo trimestre deste ano chegou em R$ 698 milhões, aumento de 830,7% em relação a igual intervalo do ano passado. Em relação aos três primeiros meses do ano o aumento foi de 55,7%, informou nesta quarta-feira, 8, a companhia. Na primeira metade do ano o lucro foi a R$ 1,147 bilhão, alta de 27,6%.

No conceito ajustado, a siderúrgica reportou lucro de R$ 746 milhões, aumento de 407,5% em relação ao registrado um ano antes e de 65,3% ante o primeiro trimestre de 2018.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,637 bilhão, alta de 62,7% ante o observado um ano antes. Na comparação com o primeiro trimestre do ano houve aumento de 15,6%. No critério ajustado, o Ebitda foi a R$ R$ 1,756 bilhão, crescimento de 56,8% ante o visto no segundo trimestre de 2017. Em relação ao primeiro trimestre deste ano o aumento foi de 18,3%.

A Gerdau destaca, no documento que acompanha seu demonstrativo financeiro, que o aumento da geração de caixa deveu-se "à melhor performance em todas as Operações de Negócio, com destaque para as operações Brasil e América do Norte, alcançando o melhor resultado trimestral desde 2008".

A receita líquida da siderúrgica gaúcha chegou em R$ 12,035 bilhões, aumento de 31,3% na relação anual e crescimento de 15,8% na trimestral.

Projeções

O lucro líquido consolidado da Gerdau referente ao segundo trimestre do ano veio 44% acima da média das projeções de seis instituições financeiras consultadas pelo Prévias Broadcast (BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA, Morgan Stanley, Safra e XP Investimentos).

O Ebitda ajustado, de R$ 1,756 bilhão, é 9% superior às estimativas. A receita líquida reportada de R$ 12,035 bilhões é 7% maior do que as projeções.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, considerou que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

Dívida líquida

A dívida líquida da Gerdau no fim de junho alcançou R$ 15,174 bilhões, alta de 4% em relação a igual intervalo do ano passado. Em relação ao período imediatamente anterior o aumento foi de 12,6%.

A alavancagem medida pela razão da dívida líquida pelo Ebitda ficou em 2,7 vezes, estável em relação ao trimestre imediatamente anterior. No fim de junho do ano passado a alavancagem era de 3,6 vezes.

A dívida bruta da siderúrgica gaúcha foi a R$ 18,115 bilhões, queda de 9% na relação anual, porém crescimento de 8% ante o trimestre imediatamente anterior. Desse total, segundo a Gerdau, 12,8% tem vencimento de curto prazo e 87,2% de longo prazo. A composição da dívida é 14,2% em reais, 83,7% em dólar e 2,1% em outras moedas.

Ainda no fim do segundo trimestre deste ano, o caixa da Gerdau somava R$ 2,941 bilhões, recuo de 45,8% na relação anual. Ante o período imediatamente anterior a queda foi de 9,4%. Desse caixa disponível, 70,3% eram detidos pela Gerdau no exterior.

Dos vencimentos, no próximo ano serão R$ 345 milhões. Em 2020 há vencimentos de R$ 3,418 bilhões.

Perda financeira

A Gerdau teve perda financeira de R$ 713 milhões no segundo trimestre do ano, aumento de 41,2% ante o mesmo trimestre do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre houve crescimento de 108,2%.

A variação desse resultado financeiro, explica a Gerdau no documento que acompanha o demonstrativo financeiro, ocorreu por conta da variação cambial sobre os passivos contratados em dólar.

O capital de giro no segundo trimestre do ano foi a R$ 8,4 bilhões, alta de 6% sobre o mesmo período do ano passado. Ante março o capital de giro aumentou 18%.

Investimentos

A Gerdau prevê investir R$ 1,2 bilhão neste ano, com foco em melhoria em produtividade e manutenção das operações. Na primeira metade deste ano a Gerdau já desembolsou R$ 516 milhões.

No segundo trimestre, os investimentos da Gerdau somaram R$ 299 milhões, sendo 49,3% destinados para a operação Brasil, 35,9% para a operação América do Norte e 11,4% para ações especiais. Já 3,4% foram aportes para a operação América do Sul.

Em relação aos desinvestimentos, a Gerdau afirma que segue com sua estratégia de se focar em ativos de maior rentabilidade. Destaca que desde 2014 a venda de ativos somou mais de R$ 6 bilhões.

"Esses movimentos estão alinhados ao processo de otimização de ativos da Companhia, com foco na redução da alavancagem financeira", destaca a Gerdau no documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro.

Vendas e produção

A venda de aço bruto pela Gerdau no segundo trimestre do ano subiu 3,4% para 3,707 milhões de toneladas. Ante o trimestre imediatamente anterior houve uma queda de 1%. Já a produção de aço bruto caiu 2,5% no intervalo entre abril e junho, para 4,09 milhões de toneladas. Em relação ao primeiro trimestre do ano houve diminuição de 4,2%.

A redução da produção de aço, segundo a Gerdau, deve-se aos efeitos da greve dos caminhoneiros, parcialmente compensada pela maior produção nas operações de aços especiais e América do Norte.

Já as vendas cresceram na relação anual por conta da maior demanda, em especial na operação da América do Norte.

Na operação Brasil, a Gerdau frisa que houve aumento da demanda no mercado interno, impulsionada principalmente pelo setor industrial.

Estadão
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