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Lucro líquido da CCR cai 22,7% no 3º trimestre, para R$ 365,3 milhões

25 out 2018 - 21h02
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O Grupo CCR registrou lucro líquido de R$ 365,3 milhões no terceiro trimestre de 2018, cifra 22,7% menor que os R$ 472,3 milhões reportados em igual etapa de 2017. O lucro líquido na mesma base, que desconsidera a inclusão de novos negócios no período e efeitos não recorrentes, somou R$ 405,3 milhões, uma queda de 14,2% no comparativo anual.

O critério "mesma base" exclui a concessionária ViaMobilidade, cujo contrato de concessão foi assinado em abril de 2018; despesas não recorrentes relativas ao Comitê Independente (R$ 17,6 milhões no Ebitda e R$ 11,6 milhões no lucro líquido); e despesas não recorrentes com rescisões trabalhistas associadas ao processo de reestruturação da gestão da CCR (R$ 31,8 milhões no Ebitda e R$ 21,0 milhões no lucro líquido).

Entre julho e setembro, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da CCR caiu 0,9% frente a igual período de 2017, para R$ 1,258 bilhão. O cálculo do indicador exclui despesas não-caixa com depreciação e amortização, provisão de manutenção e apropriação de despesas antecipadas da outorga. No trimestre, a margem Ebitda ajustada ficou em 60,2%, diminuição de 3,8 pontos porcentuais (p.p.) na comparação ano contra ano.

O Ebitda ajustado mesma base mostrou alta de 3,0% no comparativo anual, alcançando R$ 1,307 bilhão. Entre julho e setembro, a margem trimestral caiu 0,7 p.p., para 63,3%.

O gerente de Relações com Investidores da CCR, Marcus Macedo, destaca como positivo o aumento do Ebitda ajustado mesma base, em um trimestre que a companhia ainda registrou queda do tráfego nas rodovias. Conforme o executivo, o impacto da suspensão da cobrança pelo eixo suspenso dos caminhões foi de R$ 76 milhões no terceiro trimestre. "Se eu adicionasse esses valores, o crescimento (do Ebitda) seria ainda maior", frisou, em conversa com o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O executivo destaca ainda que, no terceiro trimestre, a CCR finalizou a inauguração das estações do Metrô Bahia e iniciou as operações em duas estações da ViaQuatro, em São Paulo. "Esses projetos estão em ramp up, com mais custo do que receita, isso acaba afetando o lucro", disse, lembrando que ainda há um efeito, sobre o lucro, da maior despesa de depreciação e amortização desses investimentos.

A receita líquida, excluindo a receita de construção, somou R$ 2,090 bilhões, montante 5,4% maior que o verificado no terceiro trimestre de 2017. Já a receita líquida ajustada mesma base atingiu R$ 2,064 bilhões, alta de 4,1% no comparativo anual.

Por fim, a CCR teve uma perda financeira líquida de R$ 240 milhões no terceiro trimestre, 11,5% menor que os R$ 271,1 milhões negativos anotados um ano antes.

Pró-forma

Pelo critério pró-forma, que inclui dados proporcionais das controladas em conjunto, o Ebitda ajustado subiu 1,5% entre os trimestres, para R$ 1,393 bilhão, enquanto a margem ficou em 60,3% (-4 p.p.).

Nesse critério, o Ebitda ajustado mesma base avançou 5% no terceiro trimestre de 2018 ante o mesmo intervalo de 2017, para R$ 1,442 bilhão. A margem Ebitda ajustada mesma base caiu 1,2 p.p. em relação ao visto um ano antes, para 63,1%.

A receita líquida pró-forma cresceu 8,2% entre julho e setembro no comparativo anual, para R$ 2,311 bilhões. Já a receita líquida ajustada mesma base pró-forma aumentou 7,0% em relação ao anotado no terceiro trimestre de 2017, para R$ 2,284 bilhões.

Estadão
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