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Lucro industrial chinês desacelera pelo quinto mês seguido

27 out 2018 - 13h03
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Pelo quinto mês consecutivo, a indústria chinesa mostrou desaceleração nos lucros. Em setembro, as vendas de matéria-prima e produtos manufaturados caíram, apontando uma baixa demanda doméstica na segunda maior economia do mundo.

    A desaceleração acompanha dados da semana passada, que mostraram que a produção industrial teve, em setembro, o menor crescimento desde fevereiro de 2016.

    Lucros menores das empresas devem pressionar o emprego e impactar o consumo das famílias e o crescimento geral do país.

    Os lucros industriais cresceram 4,1 por cento em setembro, ante mesmo mês do ano anterior, para 78,57 bilhões de dólares, informou neste sábado o Serviço Nacional de Estatísticas. Esse crescimento foi menos da metade do observado em agosto, e o menor desde março.

    Os ganhos de setembro foram pressionados pela desaceleração da produção e das vendas, e também pela pela de fôlego na alta dos preços. Também impactou uma base estatística alta do ano anterior, disse He Ping, do Serviço Nacional de Estatísticas.

    A crescente guerra comercial com os Estados Unidos também pressionou a produção geral, o que pode prejudicar os investimentos e os lucros nos próximos meses.

    Dados da semana passada mostraram que a economia chinesa cresceu no terceiro trimestre no menor ritmo desde a crise financeira global de 2008, devido à queda da produção de manufaturados.

    O setor também foi prejudicado pela redução nas fontes de crédito por causa da atuação de Pequim no déficit corporativo e pelo endurecimento nas exigências para empréstimos.

    Embora as autoridades estejam tomando medidas para amenizar a pressão sobre as empresas com problemas de liquidez, muitas delas ainda estão com dificuldade de obter crédito. As taxas de juros sobre empréstimos também cresceram, devido à menor oferta.

    A apatia do mercado imobiliário - um motor de crescimento econômico -diminuiu a demanda por bens e serviços de construção, também ajudando a explicar o resultado ruim da indústria.

    Também contribuiu para o resultado um menor investimento em infraestrutura, apesar de Pequim ter aprovado mais projetos na segunda metade deste ano.

    De janeiro a setembro, o lucro industrial cresceu 14,7 por cento, impulsionado pelas indústrias de aço, materiais de construção, petróleo e petroquímicos. Mesmo assim, o ritmo foi menor que os 16,2 por cento observados no primeiro semestre.   

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