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Lucro do Wells Fargo supera estimativas com demanda por empréstimos, redução de custos

14 jan 2022 - 12h21
(atualizado às 14h11)
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O lucro líquido do Wells Fargo para o quarto trimestre, divulgado nesta sexta-feira, superou as estimativas dos analistas, uma vez que a recuperação econômica dos Estados Unidos incentivou a tomada de empréstimos e o banco manteve um controle rígido sobre os custos.

O lucro saltou 86% para 5,8 bilhões de dólares, influenciado por um ganho de 943 milhões de dólares com a venda de unidades incluindo a de gestão de ativos.

De acordo com estimativas da Refinitiv, a Wells Fargo lucrou 1,25 dólares por ação, excluindo itens, em comparação com a média das projeções de analistas de 1,13 dólares.

A receita total aumentou 13%, para 20,9 bilhões dólares, também superando as estimativas de 18,9 bilhões de dólares.

No geral, o negócio principal do banco apresentou números fortes, com empréstimos emitidos no final do ano 1% acima em comparação anual e 4% superiores ao trimestre anterior.

"As mudanças que fizemos na empresa e as fortes perspectivas de crescimento econômico contínuo nos fazem sentir bem sobre como estamos posicionados em 2022", disse o presidente-executivo, Charlie Scharf, em comunicado.

As despesas não decorrentes com juros caíram 11%, para 13,2 bilhões de dólares, impulsionadas por menores custos de pessoal, encargos de reestruturação e perdas operacionais, fechando um ano de corte de gastos agressivo no banco.

As ações da Wells Fargo ficaram praticamente estáveis nas negociações de pré-mercado, tendo ganho 20% desde o início do ano.

O diretor financeiro do Wells, Mike Santomassimo, disse a jornalistas que o banco está buscando um corte de custos adicional de 3,3 bilhões de dólares em 2022.

Scharf, que fez dos cortes de custos a pedra angular de seu plano de recuperação, tem como meta uma economia anual de 10 bilhões de dólares a longo prazo.

O quarto maior banco dos EUA está na mira de órgãos reguladores desde 2016, quando um escândalo relacionado a práticas de vendas veio à tona e levou a instituição a pagar bilhões de dólares em multas e restituições.

O Wells Fargo também opera sob um teto de ativos de 1,95 trilhão de dólares imposto pelo Federal Reserve em 2018, o que prejudicou sua capacidade de aumentar a receita com juros ao melhorar o crescimento de empréstimos e depósitos.

"Também continuamos cientes de que ainda temos um esforço de vários anos para satisfazer nossos requisitos regulatórios - com reveses que provavelmente continuarão ao longo do caminho - e continuamos nosso trabalho para deixar para trás as exposições relacionadas às nossas práticas históricas", disse Scharf.

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