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Lucro da Bayer cai 36,5% e atinge US$ 1,39 bilhões no 1º trimestre

25 abr 2019 - 11h53
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São Paulo, 25 - A Bayer obteve lucro líquido de 1,24 bilhões de euros (US$ 1,39 bilhões) no primeiro trimestre de 2019, recuo de 36,5% ante o reportado no mesmo período de 2018, de 1,95 bilhões de euros, conforme informou a empresa na manhã desta quinta-feira. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 3,13 bilhões de euros, valor 11,4% superior ao do 1tri18 de 2,81 bilhões de euros, enquanto o Ebitda ajustado registrou alta de 44,6% na comparação trimestral, passando de 2,89 bilhões de euros para 4,18 bilhões de euros.

As vendas aumentaram 42,4%, a 13,02 bilhões de euros, em comparação com 9,14 bilhões de euros no primeiro trimestre do ano anterior. Segundo a companhia, o desempenho trimestral foi influenciado por encargos pontuais associados à aquisição da norte-americana Monsanto, cerca de 492 milhões de euros, e por custos relacionados à sua reestruturação, em torno de 393 milhões de euros.

Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro líquido de 1,38 bilhão de euros e vendas de 12,54 bilhões de euros. Após a divulgação dos resultados financeiros, as ações da Bayer avançavam 3,34% na Bolsa de Frankfurt, sendo negociadas a 62,21 euros, às 9h45 (horário de Brasília).

A divisão Crop Science, que inclui produtos agrícolas, registrou 6,444 bilhões de euros em vendas no 1tri19, um aumento de 125% em relação aos 2,861 bilhões do primeiro trimestre do ano anterior. Já o Ebitda foi de 1,704 bilhão de euros no trimestre, 73,7% acima dos 981 milhões apresentados no mesmo período de 2018. A divisão de Saúde Animal gerou 421 milhões de euros em vendas no primeiro trimestre desse ano, alta de 1,7% em comparação com igual intervalo de 2018. Já o Ebitda caiu 2,2% no período de 139 milhões de euros para 136 milhões de euros.

Analistas do banco de investimentos Bernstein disseram que as divisões farmacêutica e de ciências agrícolas foram as principais responsáveis pelos ganhos da companhia no primeiro trimestre. O analista do banco de investimentos Citi, Peter Verdult, avalia que os resultados foram positivos, mas provavelmente não vão desviar a atenção dos investidores do litígio sobre o glifosato, e que as ações continuarão a ser negociadas em níveis mais baixos até que os riscos legais sejam resolvidos.

A multinacional alemã disse que atualmente enfrenta 13,4 mil processos judiciais envolvendo o Roundup, herbicida à base de glifosato, número atualizado em 11 de abril, em comparação com 11,2 mil ações no fim de fevereiro. O produto químico era produzido pela Monsanto, que a Bayer adquiriu em 2018 por US$ 63 bilhões. A Bayer não informou provisão para custos com a defesa ou possíveis indenizações resultantes do litígio e ressaltou que continuará se defendendo "vigorosamente" em todas as ações judiciais.

A companhia confirmou metas de crescimento para 2019. A Bayer espera que as vendas totalizem cerca de 46 bilhões de euros no final deste ano e projeta Ebitda de 12,2 bilhões de euros. A orientação da empresa é de 6,80 euros por ação também no fim deste ano. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Estadão
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