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Louis Dreyfus vê ano difícil com impacto de guerra comercial e peste suína sobre lucro

7 out 2019 - 08h42
(atualizado às 12h30)
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A comerciante de produtos agrícolas Louis Dreyfus alertou nesta segunda-feira que espera um ano difícil, uma vez que diversos desafios impactaram negativamente seus lucros semestrais, como tensões comerciais internacionais e uma epidemia de peste suína africana.

Porcos são alimentados em Fuyang, China 
05/07/2019
REUTERS/Stringer
Porcos são alimentados em Fuyang, China 05/07/2019 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

A companhia privada, uma das maiores comerciantes e processadoras de produtos agrícolas, apresentou um lucro líquido de operações continuadas no primeiro semestre de 73 milhões de dólares, ante 91 milhões no mesmo período do ano anterior.

A disputa comercial entre China e Estados Unidos e a disseminação da peste suína africana, que tem dizimado o rebanho suíno chinês e em outros países asiáticos, exacerbou um contexto já duro de sobreoferta de algumas culturas, disse a LDC.

"A LDC obteve sonoros resultados no primeiro semestre de 2019, em um ambiente particularmente desafiador", disse o presidente executivo da companhia, Ian McIntosh, em comunicado.

"Nós vemos essas condições adversas de mercado persistindo no segundo semestre de 2019 e esperamos uma recuperação na lucratividade em 2020", acrescentou.

A LDC é uma das gigantes globais do comércio de commodities, um quarteto conhecido como "ABCD" que inclui também Archer Daniels Midland, Bunge e Cargill.

Assim como as rivais, a LDC reestruturou suas operações em resposta à queda nas margens de originação e embarque de culturas como grãos e oleaginosas, saindo de atividades como laticínios e negociações de metais e focando mais no processamento de alimentos, principalmente na Ásia.

A LDC viu seus lucros se recuperarem na segunda metade do ano passado com o que a companhia atribuiu à sua capacidade de alavancar operações com soja na América do Sul e na China durante o início da disputa comercial entre EUA e chineses.

Mas o negócio de oleaginosas da empresa tem sido pressionado neste ano pela volatilidade da guerra comercial, pelos impactos da crise da peste suína africana e pela ausência de créditos de biodiesel dos EUA concedidos no ano anterior, segundo a LDC.

As vendas líquidas caíram para 17,5 bilhões de dólares, de 18,6 bilhões.

A empresa também disse que pagou um dividendo de 428 milhões de dólares durante o primeiro semestre, com base nos resultados do ano anterior e nos resultados finais da venda de seu negócio de metais.

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