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Linhão de Belo Monte tem torres derrubadas, mas mantém cronograma, diz State Grid

12 ago 2019 - 17h44
(atualizado às 17h53)
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Um linhão de transmissão que levará do Norte ao Sudeste a energia da hidrelétrica de Belo Monte foi alvo de atos de vandalismo, que derrubaram torres da estrutura.

Chinesa State Grid comanda o projeto do linhão de Belo Monte 
18/03/2016
REUTERS/Jason Lee
Chinesa State Grid comanda o projeto do linhão de Belo Monte 18/03/2016 REUTERS/Jason Lee
Foto: Reuters

Mas o incidente não impactará o cronograma do empreendimento, que está em fase de testes, disse à Reuters a chinesa State Grid, responsável pelo projeto.

Com mais de 2,5 mil quilômetros de extensão, a linha teve um total de cinco torres derrubadas entre quinta e sexta-feira na região de Paracatu, em Minas Gerais, mas equipes de manutenção já foram acionadas, assim como as autoridades locais, chamadas para investigar o ocorrido, segundo a State Grid.

O incidente acontece em momento crucial para o empreendimento, orçado em 8,77 bilhões de reais, que já recebeu licença ambiental de operação e está finalizando testes para entrada em operação comercial.

Belo Monte, no Pará, uma das maiores hidrelétricas do mundo, já conta com um linhão em operação, que vai até Minas Gerais e foi construído pela State Grid em parceria com Furnas e Eletronorte, subsidiárias da estatal Eletrobras. Mas o segundo linhão é fundamental para evitar restrições à produção da usina, cujas obras devem ser concluídas ainda em 2019.

A State Grid, inclusive, comprometeu-se a antecipar a entrega do empreendimento, que originalmente estava previsto para dezembro.

"Não impacta absolutamente nada, continuam os testes", afirmou um porta-voz da State Grid à Reuters, acrescentando que foram feitas adaptações para possibilitar o andamento dos trabalhos enquanto as torres não são reerguidas.

Imagens vistas pela Reuters, que circulam pelo WhatsApp, mostram torres caídas ao chão e as bases das estruturas, onde aparentemente cabos de sustentação foram cortados.

A State Grid atribuiu a queda das torres a "atos de vandalismo" e disse esperar que as autoridades possam identificar os responsáveis.

Mais cedo neste ano, em janeiro, houve registro da queda de três torres em Catalão, Goiás, que pertenciam ao primeiro linhão de transmissão de Belo Monte, já operacional, após relatos de "vendaval" na região.

Na ocasião, a State Grid atribuiu o incidente ao "forte vento" e ao "mau tempo" e realizou reparos para retomar a operação do empreendimento.

O primeiro linhão, com mais de 2 mil quilômetros em extensão, recebeu investimentos de cerca de 5 bilhões de reais e foi inaugurado em dezembro de 2017.

Tanto a primeira quanto a segunda linha utilizam tecnologia de corrente contínua em ultra-alta tensão (800 kilovolts), o que reduz perdas de energia no longo trajeto entre a hidrelétrica e a região Sudeste, onde se concentra o consumo no país.

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