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Kroton cassa liminar de despejo, em briga de R$ 45 mi

Segundo a ação, que era movida pela Urban, com a compra da Anhanguera, os atrasos e o não pagamento de alguns aluguéis se tornaram constantes

15 abr 2019 - 17h31
(atualizado às 21h53)
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Uma disputa em torno de R$ 45 milhões em aluguéis colocou de lados opostos as universidades Kroton e Uniban, cujas operações passaram a fazer parte do grupo educacional com a compra da Anhanguera, em 2014. No início da noite desta segunda-feira, 15, uma liminar que despejava a Kroton de seis prédios em São Bernardo do Campo, Osasco e na capital, foi cassada.

A ação contra a Kroton foi impetrada pela Urban Incorporações e Participações, do empresário Heitor Pinto e Silva Filho, fundador da Uniban. Segundo a Urban, a Kroton parou de pagar os aluguéis, após a compra da Anhanguera. Assim, pediu o rompimento do contrato de locação e a devolução dos prédios.

Ressarcimento

A Kroton informou, em nota, que, "na ocasião da aquisição da Uniban pela Anhanguera, ficou negociado que os aluguéis pagos à holding do vendedor seriam dados em garantia contra potenciais passivos de sua responsabilidade".

Segundo a Kroton ainda, ela reteve os valores como ressarcimento "em relação a contingências pagas pela companhia, que seriam passíveis de indenização pelo vendedor da Uniban."

Na visão da Urban, porém, como os prédios não foram vendidos à Anhanguera - mas apenas as operações da Uniban -, a Kroton só poderia suspender o pagamento dos aluguéis após uma decisão judicial. Não caberia suspender por conta própria o repasse. "A Kroton está usando de seu poder econômico para não pagar aluguéis", diz Armando Mendonça, diretor jurídico da Urban. "Nosso objetivo não é mais receber os aluguéis, mas a rescisão do contrato de locação."

Estadão
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