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Juros têm viés de alta com dólar e liquidez fraca em dia de feriado nos EUA

21 jan 2019 - 10h53
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Os juros futuros operam com viés de alta, na esteira do dólar forte ante o real e outras moedas de países emergentes exportadores de commodities na manhã desta segunda-feira, 21, no exterior. Os ajustes precificam a desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto da China em 2018 para 6,6% - menor expansão em 28 anos (6,8% em 1990).

Com os mercados fechados em Nova York por causa do feriado nos Estados Unidos nesta segunda, Dia de Martin Luther King, o mercado de juros pode ter menor liquidez e as oscilações tendem a ser limitadas pela agenda fraca. Na última sexta-feira, as taxas futuras fecharam em leve baixa.

Às 10h23, o DI para janeiro de 2021 estava a 7,37%, ante 7,34% no ajuste de sexta-feira . O DI para janeiro de 2023 subia a 8,49%, de 8,47% no ajuste de sexta-feira. E o DI para janeiro de 2025 estava a 8,96%, de 8,95% no ajuste de sexta-feira.

No câmbio, o dólar à vista subia 0,35%, a R$ 3,7664. O dólar futuro de fevereiro avançava 0,36%, a R$ 3,7680.

No foco na semana está o discurso do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico em Davos, na Suíça, especialmente diante da ausência dos líderes dos Estados Unidos, China, Reino Unido e França. Bolsonaro deve ressaltar o compromisso com privatizações e reformas, principalmente a da Previdência.

Internamente, o mercado deixa o caso envolvendo o filho de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, e seu ex-assessor Fabrício de Queiroz, em segundo plano. Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostra que as movimentações financeiras nas contas de Queiroz atingiram R$ 7 milhões entre os anos de 2014 e 2017, segundo informa o colunista Lauro Jardim na edição deste domingo, 20, do jornal O Globo.

Até aqui, já se sabia que o ex-assessor do parlamentar havia movimentado R$ 1,2 milhão em transações suspeitas entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo em dezembro.

Outro trecho do Coaf mostra que Flávio adquiriu, de 2014 a 2017, dois apartamentos em bairros nobres do Rio, ao custo de R$ 4,2 milhões. O período da aquisição dos imóveis pelo senador eleito é o mesmo em que o Coaf detectou a movimentação dos R$ 7 milhões nas contas de Queiroz. Flávio atribuiu à venda de um dos imóveis os 48 depósitos fracionados de R$ 2 mil, totalizando R$ 96 mil, feitos em sua conta em 2017, que foram revelados no sábado à noite pelo Jornal Nacional.

Na manhã desta segunda, pesquisa Focus mostrou que economistas do mercado financeiro reduziram a mediana das estimativas para IPCA deste ano passou de alta de 4,02% para 4,01%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,00%. Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica) para o fim de 2019 em 7,00% e a projeção para a Selic no fim de 2020 seguiu em 8,00%. Já a expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passou de 2,57% para 2,53%. Para 2020, o mercado aumentou a previsão de alta do PIB, de 2,50% para 2,60%. Quatro semanas atrás, estava em 2,50%. A projeção do BC para o crescimento do PIB em 2019 é de 2,4%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro.

Na agenda da semana, um destaque é o IPCA-15 de janeiro (quarta-feira) e os mercados financeiros fecham na sexta-feira por causa do feriado de aniversário da cidade de São Paulo. São esperadas ainda ao longo da semana as divulgações da geração de emprego formal em dezembro pelo Caged e a arrecadação de impostos pela Receita Federal.

Estadão
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