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Juros oscilam perto dos ajustes de terça-feira à espera da Previdência

3 jul 2019 - 11h05
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Os juros futuros abriram nesta quarta-feira, 3, em leve alta ao longo de toda a curva em meio à grande expectativa sobre o andamento da reforma da Previdência. Pouco depois, entretanto, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) de prazos médio e longo renovaram mínimas e passaram a operar praticamente estáveis, algumas com viés de baixa. Ao mesmo tempo, o dólar ante o real firmou-se em leve baixa.

A mudança, observada nos contratos de 2023 em diante, aconteceu segundos depois de o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, noticiar que o presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos, convocou uma reunião do grupo para as 13h. "Vamos iniciar a reunião com cinco requerimentos de adiamento da votação. Se tiver acordo em torno do relatório, vamos tentar votá-lo hoje (quarta)", disse Ramos.

Às 10h08, o DI para janeiro de 2023 marcava mínima a 6,66% ante 6,65% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2025 registrava mínima a 7,09% ante 7,10% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2021 seguia com viés de alta e exibia 5,88% ante 5,83% no ajuste de terça.

Os contratos com vencimentos mais próximos seguem com viés de alta. Claramente, o cumprimento da agenda prevista para terça na Comissão Especial, que teve a leitura do relatório de Samuel Moreira (PSDB-SP), não foi suficiente para interromper o movimento de ajuste para cima nas taxas. Os agentes econômicos, agora, querem ter certeza que o texto será votado em plenário antes do recesso parlamentar, o que exige celeridade na discussão na comissão.

No exterior, a manhã é positiva para ativos de risco, sendo que os mercados americanos fecham cedo por causa do feriado pelo Dia da Independência. O petróleo sobe nas bolsas de NY e Londres, e o dólar cai ante a maioria das moedas emergentes, com exceção do câmbio com o rublo e o won sul-coreano, em especial. O BC da Suécia manteve o juro básico negativo em 0,25% ao ano, e o juro do título alemão (Bund) de 10 anos renovou mínima histórica. Na Europa, os agentes repercutem a indicação de Christine Lagarde para a presidência do BCE, o que é entendido como a possibilidade de uma gestão "dovish" .

A Fipe divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,15% em junho, revertendo a baixa marginal de 0,02% de maio. O resultado de junho ficou abaixo da mediana de 0,16% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast (0,11% a 0,21%).

Estadão
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