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Juros mais altos não significam melhora rápida para bancos da Europa

21 jan 2022 - 13h52
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O avanço dos juros não é a panaceia para os bancos europeus como poderiam pensar alguns, sendo necessária paciência para o setor. Ações de bancos da Europa se saem bem até agora neste ano, com altas de cerca de 6% mesmo diante de queda nos mercados em geral. Há expectativa por elevações de juros, embora com atraso na zona do euro em comparação com Reino Unido e Estados Unidos.

Com a alta de juros, os bancos tendem a elevar sua receita. Mas isso não é mais tão simples. As medidas de apoio financeiro extraordinárias adotadas em resposta à pandemia precisam ser retiradas, para que os retornos bancários se normalizem.

Em meio à crise de saúde, reguladores bancários europeus estabeleceram regras para garantir o bom funcionamento do "encanamento financeiro", a fim de garantir que os bancos seguissem emprestando e mantendo colchões saudáveis de capital, com ajustes de taxas interbancárias, corte de exigências de capital e também veto a dividendos e bônus.

As medidas ajudaram a evitar uma crise no setor. Agora, é o momento de reduzir o apoio, gradualmente. Já foi retirada a proibição do retorno aos acionistas, o que deve gerar uma onda de recompras e dividendos neste ano.

O recuo em outras políticas, porém, deve demandar mais tempo, sendo difícil prever como o processo afetará os lucros bancários. Mais adiante, os juros mais altos devem significar lucros maiores para os bancos. No curto prazo, eles podem ter de se contentar com recompras de ações e distribuição de dividendos.

Estadão
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