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Juros futuros recuam em meio a alívio na tensão comercial e com Turquia

16 ago 2018 - 10h13
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Os juros futuros recuam em linha com o dólar fraco ante o real e no mercado internacional nesta quinta-feira, 16. Investidores reduzem parcialmente suas posições na moeda americana, demonstrando certo alívio após sinais de retomada das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China e da promessa do Catar de uma ajuda de US$ 15 bilhões à Turquia. A lira turca persiste em alta frente o dólar pelo terceiro dia seguido.

Nos Estados Unidos, nesta manhã, os juros dos Treasuries perderam fôlego, logo após a divulgação de indicadores do país. As construções de moradias iniciadas nos EUA cresceram 0,9% em julho ante junho, bem abaixo da previsão de alta de 8,3% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, e o índice de atividade regional do Federal Reserve (Fed) da Filadélfia recuou de 25,7 em julho a 11,9 em agosto, ante expectativa de 22,0 dos analistas.

Por outro lado, os pedidos de auxílio-desemprego recuaram 2 mil na semana, a 212 mil, ante expectativa de 215 mil dos analistas, em mais um sinal positivo do mercado de trabalho americano. Às 9h41 o juro da T-note de 2 anos subia a 2,612% e o da T-note de 10 anos tinha alta para 2,868%.

No Brasil, os agentes de renda fixa estão na expectativa pelo leilão de títulos do Tesouro (11h00). De acordo com o cronograma do mês de agosto, a instituição ofertará Letras do Tesouro Nacional (LTN) nos vencimentos de 1/10/2019, 1/10/2020 e 1/1/2022 e Letras Financeiras do Tesouro (LFT) para 1/3/2024. Serão ofertadas, ainda, Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) para 1/1/2025 e 1/1/2029, no montante de 100 mil títulos divididos entre esses dois vencimentos. Os montantes dos demais papéis a serem vendidos serão divulgados amanhã.

Mais cedo, a FGV informou que o IPC-S ficou praticamente estável, em 0,19% na segunda quadrissemana de agosto, após 0,20% na anterior. Também os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, divulgados pelo IBGE ficaram em segundo plano. A taxa composta de subutilização da força de trabalho teve ligeiro recuo de 24,7% no primeiro trimestre de 2018 para 24,6% no segundo trimestre do ano. O resultado equivale a dizer que faltava trabalho para 27,636 milhões de pessoas no País no segundo trimestre deste ano.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar. No segundo trimestre de 2017, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 23,8%.

Às 9h46, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 indicava 8,12% ante 8,195% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 caía a 9,13%, de 9,225% no ajuste de ontem. E o DI para janeiro de 2023 recuava a 10,62% ante 10,714% no ajuste de ontem. No câmbio, o dólar à vista caía 0,47%, a R$ 3,8799. O dólar futuro de setembro recuava 0,59%, a R$ 3,8870.

Estadão
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