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Juros fecham em queda firme com pesquisa Ibope e ganhos de moedas emergentes

12 set 2018 - 17h05
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Os juros futuros seguiram em queda firme até o fechamento da sessão regular desta quarta-feira, 12, ainda tendo como principal vetor a pesquisa Ibope sobre a eleição presidencial divulgada na terça, que trouxe alívio aos prêmios da curva desde a abertura dos negócios. Ajudou também no movimento de baixa das taxas o bom desempenho das moedas de economias emergentes, com o dólar no Brasil sendo cotado abaixo dos R$ 4,15 durante todo o dia, embora tenha renovado máximas na última hora.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 8,47%, de 8,537% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 9,856% para 9,77%. A taxa do DI para janeiro de 2023 passou de 11,635% para 11,57% e a do DI para janeiro de 2025 encerrou na máxima de 12,38%, ante 12,424%.

A pesquisa repercutiu bem entre os investidores, ao mostrar avanço mais firme do candidato Jair Bolsonaro (PSL) após ter sido esfaqueado na última quinta-feira e contrariando o que trouxe o levantamento do Datafolha na segunda-feira - oscilação positiva, mas dentro da margem de erro.

Contra o risco de vitória de um candidato de esquerda, Bolsonaro é visto como opção ao nome de Geraldo Alckmin (PSDB), que é o preferido do mercado mas tem dificuldade de decolar nas pesquisas. Desse modo, o mercado devolveu boa parte da alta registrada nesta terça-feira em reação ao Datafolha.

No Ibope de terça , Bolsonaro passou a 26%, de 22% no levantamento do dia 5, no cenário de primeiro turno. Ao mesmo tempo, seus principais concorrentes oscilaram bem menos ou para baixo.

Em segundo lugar, aparecem em situação de empate técnico Ciro Gomes (PDT), de 12% para 11%; Marina Silva (Rede) de 12% para 9%; e Alckmin, que permaneceu com 9%. Fernando Haddad (PT), confirmado como candidato do PT ao Planalto, foi de 6% para 8%. Além disso, Bolsonaro encostou em adversários que antes o superavam em cenários de segundo turno. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05221/2018.

Nos contratos de curto prazo, a redução das apostas de alta da Selic continuou sustentando as taxas em baixa, sendo crescente a percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 6,50% na reunião da na semana que vem.

Já o dólar tem queda generalizada ante as demais moedas, incluindo emergentes, mas no Brasil reduzia as perdas neste fim de tarde. Às 16h29, aqui, a moeda era negociada no segmento à vista em R$ 4,1487 (-0,16%), logo após bater a máxima de R$ 4,1512 (-0,10%).

Na mínima, mais cedo, chegou a R$ 4,1106. Nas ações, o Ibovespa, que mais cedo subia mais de 1%, diminuía os ganhos para 0,82%, aos 75.265,51 pontos.

Estadão
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