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Juros fecham em queda com otimismo sobre Previdência e clima externo positivo

11 mar 2019 - 18h19
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Os juros futuros confirmaram no fechamento da sessão regular desta segunda-feira, 11, o movimento de baixa que prevaleceu nos negócios desde o começo da sessão, amparado no otimismo com o início da tramitação da reforma da Previdência no Congresso esta semana e pelo clima positivo no exterior. Na quarta-feira, será instalada a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara e a expectativa do mercado é de que o texto não tenha dificuldade em avançar, especialmente após as recentes indicações de que o governo liberou verbas para emendas parlamentares e nomeações para o segundo escalão do governo nos Estados.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou com taxa de 6,445%, de 6,465% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 passou de 7,142% para 7,06%. A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 8,282% para 8,15% e a do DI para janeiro de 2025, de 8,812% para 8,67%.

Com liquidez acima do padrão para uma segunda-feira, as taxas caíram de forma intensa na ponta longa, mais atrelada ao risco fiscal, cerca de 15 pontos-base, para perto das mínimas históricas atingidas entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro.

"O bom humor começou na sexta-feira com a entrevista do Paulo Guedes, ministro da Economia, sobre o mapeamento da reforma no Congresso e hoje isso se prolonga, com euforia sobretudo na bolsa e DI. A reunião de Maia e Bolsonaro foi muito importante", disse o estrategista de renda fixa da GS Research, Renan Sujii.

O presidente Jair Bolsonaro esteve com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para a articulação política, no sábado. Na conversa, anunciou que vai liderar pessoalmente os esforços de Executivo e Legislativo em favor da reforma e demonstrou preocupação, principalmente, com as chances da proposta na sua fase inicial de tramitação, na CCJ. Maia o tranquilizou, dizendo que não haverá maiores problemas aí, até porque as discussões de mérito só vão começar depois, na Comissão Especial.

No exterior, o ambiente é de apetite ao risco, com valorização da maioria das moedas de economias emergentes e das ações e avanço no rendimento dos Treasuries, em meio a bons indicadores da economia americana e declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na noite de sexta-feira. Ele afirmou que o Fed não precisa mudar sua política monetária agora em meio a um cenário misto de pressões inflacionárias contidas, forte mercado de trabalho e crescimento global mais lento.

Estadão
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