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Juros fecham em baixa, nas mínimas do dia, com alívio no câmbio

17 set 2018 - 17h08
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Os juros futuros renovaram mínimas pouco antes do fechamento da etapa regular e a maioria das taxas terminou a sessão desta segunda-feira, 17, em baixa em torno de 10 pontos-base. A aceleração da queda refletiu a também ampliação do recuo do dólar ante moedas de economias emergentes, com a divisa norte-americana aqui já negociada nos R$ 4,12.

Após reagir negativamente aos números da pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial na abertura dos negócios, o mercado também absorveu melhor o noticiário político-eleitoral durante o dia. Às 16h33, o dólar era cotado em R$ 4,1200 (-1,08%) no segmento à vista.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,765%, de 6,877% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2020 caiu de 8,647% para 8,50%. O DI para janeiro de 2021 fechou na mínima, com taxa de 9,80%, de 9,926%. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou na mínima de 11,50% (11,625% na sexta-feira) e a do DI para janeiro de 2025, também na mínima, terminou em 12,28%, de 12,384%.

As pesquisas divulgadas desde a sexta-feira confirmaram maior ascensão do candidato Jair Bolsonaro (PSL) nas intenções de voto após ter levado uma facada no último dia 6, consolidando-se na liderança na disputa presidencial.

Bolsonaro é visto pelo mercado financeiro como a melhor opção para enfrentar a esquerda, seja Fernando Haddad (PT) seja Ciro Gomes (PDT), num eventual segundo turno. Por outro lado, os levantamentos têm sinalizado grande potencial de transferência de votos do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva para Haddad.

"As pesquisas mostram consolidação de cenário de segundo turno entre Bolsonaro x esquerda, mas uma condição agora mais competitiva de Bolsonaro", disse o estrategista de renda fixa da GS Research, Renan Sujii.

À tarde, teriam ajudado ainda as taxas a se firmarem em baixa discursos do PT considerados mais equilibrados. O economista da candidatura petista à Presidência da República, Márcio Pochmann, disse que não há nada no programa de governo da sigla que levaria um eventual governo de Haddad a fazer ajustes econômicos radicais.

Afirmou ainda que a administração petista não será de um governo que produza choques. Já Haddad defendeu a manutenção de uma "conversa permanente" com o PSDB em torno de uma agenda de Estado que permita a estabilidade democrática e o respeito ao resultado eleitoral. Defendeu ainda reformar a Previdência, mas disse que detalhes como idade mínima e alíquota de contribuição terão de ser discutidos em uma "mesa de negociação".

Quanto ao Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira, o quadro de apostas continua apontando probabilidade um pouco maior para a manutenção da Selic em 6,50%, de cerca de 60%, ante 40% de chance de alta de 0,25 ponto porcentual, segundo a precificação da curva a termo.

Estadão
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