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Juros fecham em baixa com queda do dólar e anúncios do BC, CMN e Tesouro

15 jun 2018 - 14h03
(atualizado em 2/7/2018 às 15h00)
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Os juros futuros fecharam a sessão regular da sexta-feira, 15, em queda firme, nas mínimas do dia em parte dos contratos. As taxas estiveram em baixa desde a abertura, mas ampliaram o ritmo ao longo da tarde, na medida em que o dólar acelerava as perdas e batia mínimas ante o real. O principal vetor para os negócios na renda fixa foi a reação aos anúncios feitos pelo Banco Central (BC), Conselho Monetário Nacional (CMN) e Tesouro Nacional, na noite de quinta-feira. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou na mínima de 7,300%, de 7,609% no ajuste da quinta-feira; e a do DI para janeiro de 2020 caiu de 9,37% para 9,04%. A taxa do DI para janeiro de 2021 terminou em 9,98%, mínima, de 10,35% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 recuou de 11,66% para 11,35% e a do DI para janeiro de 2025, de 12,74% para 11,98%. O BC afirmou que, ao longo da próxima semana, continuará com leilões de swap cambial (dinheiro novo) na próxima semana, quando estima oferecer US$ 10 bilhões, o que trouxe maior tranquilidade aos mercados de câmbio e juros. Em complemento, o Tesouro anunciou que manterá a estratégia de leilões extraordinários de compra e venda de títulos, ofertando, além das Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F), também Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B) e Letras do Tesouro Nacional (LTN). Além disso, cancelou os leilões tradicionais de LTN e NTN-F, mas manteve o leilão de Letras Financeiras do Tesouro (LFT). Por fim, o CMN decidiu antecipar o prazo para a extinção do prazo médio de repactuação mínimo (PRC) para os títulos de renda fixa dos fundos de investimento especialmente constituídos (FIE) de seguradoras e entidades abertas de previdência complementar. Pela nova regulação, as entidades ficarão livres da exigência a partir de 30 de agosto de 2019, ante março de 2020 anteriormente. A decisão alivia os prêmios na curva, na medida em que, para se enquadrar ao PRC, as entidades compravam papéis prefixados de prazo longo, o que as obrigava a travar o risco no mercado de derivativos de juros. Essa proteção é feita por meio de compra de taxa do DI, o que acaba por pressionar a inclinação da curva. Pouco depois das 16h30, o real, entre as principais moedas emergentes, era destaque de alta. O dólar à vista caía 2,26%, aos R$ 3,7235.

Estadão
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