PUBLICIDADE

Juros fecham em alta, mas longe mas máximas da manhã

6 jun 2018 - 14h13
(atualizado em 2/7/2018 às 14h45)
Compartilhar
Exibir comentários

Os juros futuros fecharam a sessão regular desta quarta-feira, 6, em alta ao longo de toda a curva, mas em níveis bem abaixo dos que foram atingidos pela manhã, quando os vencimentos, sobretudo os longos, estavam sob forte estresse. À tarde, cessaram os movimentos de zeragem de posições vendidas que puxaram muito as taxas na primeira etapa e, além disso, o dólar, que passou a cair ante a maioria das moedas emergentes, reduziu o havanço ante o real. Contudo, as preocupações com o risco doméstico estão longe de se dissipar, principalmente aquelas relacionadas ao cenário fiscal e eleitoral. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,975%, de 6,904% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2020 subiu de 7,89% para 8,06%. A taxa do DI para janeiro de 2021, que na máxima chegou a 9,50%, encerrou em 9,23%, ante 9,05% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou em 11,11%, de 10,95% no ajuste anterior, com máxima nesta terem 11,74%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 11,97% (máxima de 12,67%), de 11,80% no ajuste anterior. Com o avanço das taxas, na precificação na curva a termo, a possibilidade de elevação de 0,25 ponto porcentual na atual Selic de 6,50% no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) dos dias 19 e 20 tornou-se amplamente majoritária, com 72%, ante 56% na terça. Em contrapartida, as chances de manutenção recuaram de 44% para 28%. Profissionais da renda fixa veem esse aumento mais como um efeito do amplo movimento de zeragem de posições vendidas nos últimos dias do que como apostas firmes, baseadas em fundamentos. "Por mais que haja impacto do câmbio e da greve nos preços, estamos com a inflação muito tranquila. O canal de transmissão é ruim, o hiato do produto é muito grande e a greve (dos caminhoneiros) vai manter esse espaço", afirmou o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, para quem "não há sentido em apostar em alta da Selic agora." Nos demais ativos, o Ibovespa recuava 1,14%, aos 75.794,43 pontos, e o dólar à vista subia 0,24%, aos R$ 3,8192, no segmento à vista, às 16h36. Na máxima do dia, chegou a encostar em R$ 3,85, em R$ 3,8498 (+1,04%).

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade