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Juros avançam com dólar à espera de pesquisa em meio a notícias eleitorais

10 out 2018 - 10h20
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Os juros futuros operam em alta e em linha com o dólar, refletindo ajustes nos mercados em meio a notícias sobre a sucessão presidencial. Operadores do mercado de renda fixa atribuem a correção de alta dos ativos locais à expectativa por pesquisa Datafolha, que será divulgada nesta quarta-feira, 10, à noite, e de uma definição pela equipe médica se Jair Bolsonaro terá alta para viajar pelo País e participar de debates.

O primeiro debate da disputa presidencial no segundo turno está marcado para a quinta-feira na TV Bandeirantes. Além disso, os investidores repercutem declarações do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) sobre a reforma da Previdência e a privatização da Eletrobras.

O candidato do PSL disse na terça que a reforma da Previdência será tratada "vagarosamente, embora depois tenha recuado dizendo que, se eleito, irá procurar a equipe de Michel Temer para fazer proposta sobre o tema "já para o corrente ano". Uma das ideias seria reduzir a idade mínima de 65 para 61.

Bolsonaro disse ainda à Bandeirantes que tem resistências com a privatização da Eletrobras e que no setor de energia elétrica "a gente não vai mexer".

Chama atenção ainda uma investigação sobre Paulo Guedes, principal assessor do capitão reformado na área econômica, pelo Ministério Público Federal (MPF) em Brasília por supostas fraudes, de acordo com informações da Folha de S.Paulo. A suspeita é de se associar a executivos ligados ao PT e ao MDB para praticar fraudes em negócios com fundos de pensão de estatais. Guedes foi procurado e não comentou.

De outro lado, o candidato a presidente Fernando Haddad (PT) desmentiu na terça que o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli será o responsável pelo seu programa econômico, como havia informado o jornal O Globo.

Fontes disseram ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na manhã desta quarta que o programa econômico de Haddad prevê a retomada do tripé formado por câmbio, juros e inflação como estratégia econômica. A proposta seria de aperfeiçoar o arcabouço institucional dessas políticas, a partir de experiências bem-sucedidas em outros países.

Às 9h45, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI)) para janeiro de 2020 exibia 7,69%, de 7,61% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2021 subia a 8,72%, de 8,64%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 avançava a 10,04%, de 9,96% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista estava em alta de 0,34%, a R$ 3,7285. O dólar futuro de novembro avançava a R$ 3,7330 (+0,30%).

Sem impacto nos negócios, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 1,06% na primeira prévia de outubro, após ter aumentado 0,79% na primeira prévia de setembro, informou a FGV. Com o resultado, o índice acumulou alta de 9,44% no ano e avanço de 10,99% em 12 meses.

Estadão
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