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Johnson & Johnson poderá pagar US$17 bi em caso sobre opióides

26 ago 2019 - 10h02
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Um juiz de Oklahoma decidirá nesta segunda-feira se a Johnson & Johnson deve ser responsabilizada em um processo de 17 bilhões de dólares alegando que as práticas de marketing da farmacêutica alimentaram a epidemia de opióides, causando uma inundação de analgésicos no mercado.

29/05/2019
REUTERS/Brendan McDermid/File Photo - RC1BB4CF8220
29/05/2019 REUTERS/Brendan McDermid/File Photo - RC1BB4CF8220
Foto: Reuters

O caso do procurador-geral do Estado de Oklahoma, Mike Hunter, foi o primeiro a ir a julgamento de milhares de casos movidos por governos estaduais e locais contra fabricantes e distribuidoras de opióides.

Os opióides estão envolvidos em quase 400 mil mortes por overdose de 1999 a 2017, de acordo com os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças. Desde 2000, cerca de 6 mil pessoas de Oklahoma morreram de overdose de opióides, de acordo com os advogados do Estado.

Durante o julgamento de sete semanas, advogados do Estado de Oklahoma argumentaram que a J&J realizou uma campanha de marketing de um ano que minimizava os riscos dos analgésicos viciantes e promovia seus benefícios.

A J&J negou irregularidades. A farmacêutica disse no tribunal que suas alegações de marketing tinham apoio científico e que seus analgésicos, Duragesic e Nucynta, compunham uma pequena fração dos opióides prescritos em Oklahoma.

Hunter, o procurador-geral, está tentando fazer com que a J&J pague mais de 17 bilhões de dólares para ajudar o Estado a enfrentar a epidemia pelos próximos 30 anos por meio de programas de tratamento e prevenção de dependências.

Os advogados de alguns requerentes compararam os casos de opióides a processos judiciais contra a indústria do tabaco que levaram a um acordo de 246 bilhões de dólares em 1998.

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