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Japão diz que vírus tornou condição da economia 'severa' com pior previsão em 7 anos

26 mar 2020 - 08h48
(atualizado às 13h47)
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O governo do Japão fez sua avaliação mais sombria da economia em quase sete anos, dizendo que as condições em março foram "severas", com a pandemia de coronavírus fechando as fábricas e esfriando o consumo.

Funcionários com máscara de proteção no aeroporto internacional de Kansi, em Osaka, praticamente vazio 
14/03/2020
REUTERS/Edgard Garrido
Funcionários com máscara de proteção no aeroporto internacional de Kansi, em Osaka, praticamente vazio 14/03/2020 REUTERS/Edgard Garrido
Foto: Reuters

Em um relatório mensal divulgado nesta quinta-feira, o governo cortou sua avaliação econômica e abandonou a linguagem que descreve a economia como "em recuperação" pela primeira vez desde julho de 2013.

O rebaixamento estabelece as bases para o Japão compilar um pacote de estímulo no próximo mês, que, segundo fontes, envolverá gastos de pelo menos 137 bilhões de dólares para amortecer o golpe da pandemia.

"A economia do Japão está em uma situação grave, extremamente deprimida pelo coronavírus", afirmou o relatório. "As condições provavelmente permanecerão graves devido à influência da doença."

Em fevereiro, o governo disse que a economia estava se recuperando moderadamente, embora com alguma fraqueza entre as indústrias.

O governo também cortou sua avaliação sobre consumo, gastos de capital e sentimento empresarial, que foram afetados pelas proibições mundiais de viagens, cancelamentos de eventos e interrupções na cadeia de suprimentos causadas pela pandemia.

"A economia está piorando em um ritmo comparável ao do terremoto de março de 2011 e em direção aos níveis vistos pela última vez durante o colapso dos Lehman Brothers" em 2008, disse Masahiko Tsutsumi, diretor de análise macroeconômica do Escritório do Gabinete, a repórteres.

"O dano é tão ruim quanto esses dois eventos juntos."

O mercado de trabalho permanece apertado e os salários estão estáveis, embora haja uma chance crescente de empregos e renda familiar serem atingidos se o surto persistir, disse Tsutsumi.

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