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Itaú Unibanco tem alta de 63,6% no lucro no 1º trimestre, para R$ 6,4 bilhões

Resultado ficou R$ 600 milhões acima das projeções de analistas; segundo presidente da instituição, banco viveu momento de transformação no período para enfrentar novos desafios de competição do setor financeiro

3 mai 2021 - 19h50
(atualizado às 21h50)
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O Itaú Unibanco apresentou lucro líquido recorrente de R$ 6,4 bilhões no primeiro trimestre, com alta de 63,6% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o presidente da instituição financeira, Milton Maluhy Filho, o período de janeiro a março foi um momento em que o banco passou por transformações para enfrentar o cada vez mais acirrado cenário de competição do setor financeiro nacional.

"Neste primeiro trimestre, evoluímos muito em nosso processo de transformação cultural, para estarmos cada vez mais preparados para os atuais desafios", disse o executivo, no comunicado que acompanhou o balanço. "Conseguimos acelerar a nossa agenda de transformação digital e diversas outras frentes de trabalho fundamentais para melhoramos significativamente a experiência dos nossos clientes."

O lucro líquido recorrente no primeiro trimestre veio acima das projeções do mercado. A média de cinco casas consultadas pelo Prévias Broadcast - Bank of America (BofA), JP Morgan, Goldman Sachs e Eleven Financial - apontava uma cifra de R$ 5,74 bilhões. O resultado apresentado pelo maior banco da América Latina foi 11,5% maior que o esperado.

Crédito

A carteira de crédito total do Itaú avançou 4,2% nos três primeiros meses deste ano, ante o trimestre anterior, para R$ 906,3 bilhões. Em um ano, foi registrada alta de 15%. O desempenho dos financiamentos foi puxado por veículos, crédito imobiliário e empréstimos a grandes empresas.

No caso da carteira de pessoas físicas, os empréstimos tiveram elevações de 2,2% e 9,8% ante os três meses anteriores e o mesmo período do ano passado, respectivamente. Já o custo de crédito alcançou R$ 4,1 bilhões de janeiro a março, cifra 31,9% inferior à verificada nos três meses anteriores.

O índice de inadimplência em 90 dias manteve-se estável em 2,3%, apesar da maior inadimplência nos empréstimos para pequenas empresas.

Ao fim de março, o patrimônio líquido do banco era de R$ 140,4 bilhões, alta de 13,5% em um ano. Já os seus ativos totais somaram R$ 2,1 trilhões, elevação de 7,2%, na mesma base de comparação. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) encerrou o primeiro trimestre em 18,5%, ante 16,1% do registrado nos três meses anteriores.

Previsões

O Itaú manteve inalteradas as suas projeções de desempenho para 2021. O banco espera que sua carteira de crédito cresça de 5,5% a 9,5% neste exercício frente ao passado. Para o crédito envolvendo apenas as operações no Brasil, a projeção vai de alta de 8,5% a 12,5%.

Do lado do custo de captação, o banco prevê que o total fique entre R$ 21,3 bilhões e R$ 24,3 bilhões no consolidado do ano, sendo que as operações brasileiras devem concentrar entre R$ 19 bilhões e R$ 22 bilhões.

O Itaú espera uma performance melhor do lado dos gastos operacionais. O maior banco da América Latina prevê desde queda de até 2% até aumento de no máximo 2% nas despesas não decorrentes de juros da sua operação consolidada. Os mesmos valores valem para o Brasil.

Banco poupa para reestruturação

O Itaú Unibanco informou que constituiu provisões de R$ 747 milhões no primeiro trimestre deste ano para reestruturação de suas operações. Outros R$ 187 milhões foram separados por conta da amortização de ágio de aquisições passadas. Os dois itens extraordinários foram a principal diferença entre o lucro líquido recorrente e o contábil do banco entre janeiro e março de 2021. O lucro contábil do período ficou em R$ 5,4 bilhões, alta de 59,2% em um ano. /COM INFORMAÇÕES DA REUTERS

Estadão
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