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Itália quer apoio de França e Espanha para mudar regras fiscais da UE

12 jul 2019 - 09h37
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A Itália quer que França e Espanha apoiem sua campanha para mudar as regras fiscais da União Europeia para focar mais no crescimento diante de uma desaceleração econômica regional e global, disse o ministro da Economia italiano, Giovanni Tria, em comentários publicados nesta sexta-feira.

Ministro da Economia italiano, Giovanni Tria
19/11/2018
 REUTERS/Eric Vidal
Ministro da Economia italiano, Giovanni Tria 19/11/2018 REUTERS/Eric Vidal
Foto: Reuters

O governo de coalizão italiano, formado há um ano pela união do Movimento 5 Estrelas e pela Liga da Direita, sempre criticou o chamado de Pacto Fiscal Europeu, que em 2013 introduziu regras mais rigorosas.

O líder da Liga e vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini, culpa o pacto por empobrecer o país ao forçar a adoção de mais rigidez quando uma política fiscal mais expansionista era necessária.

A Itália tem a segunda maior dívida da zona do euro depois da Grécia, com mais de 130% da produção econômica, e evitou por duas vezes em seis meses medidas disciplinares da UE depois de buscar estímulos orçamentários, incluindo novas medidas de bem-estar.

Em uma entrevista ao jornal italiano La Stampa, Tria disse que os países da UE devem rever suas prioridades e negou que a Itália esteja isolada em sua pressão por uma revisão das regras.

A França não demonstrou muito entusiasmo público pela causa da Itália. O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, disse no mês passado que espera que Roma cumpra as regras da UE.

Entretanto, a França já embarcou em seus próprios novos gastos orçamentários e cortes de impostos, divulgou no ano passado um pacote avaliado em mais de 10 bilhões de euros em resposta a prolongados protestos de rua.

"A Itália certamente está ao lado da França e da Espanha e parcialmente da Alemanha. Existem pré-requisitos para mudar as políticas econômicas da UE", disse Tria, um tecnocrata que é considerado uma voz moderada dentro do governo.

"É possível reviver o debate sobre o pacto fiscal", acrescentou. "Precisamos discutir como mudar essas regras."

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