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Irã: conflito no Golfo faria petróleo passar dos US$ 100

3 jun 2019 - 09h20
(atualizado às 10h20)
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Embarcações militares dos Estados Unidos no Golfo estão sob alcance de mísseis iranianos, disse um assessor militar do aiatolá iraniano Ali Khamenei no domingo, alertando que qualquer conflito entre os dois países pressionaria os preços do petróleo, levando-os para acima de US$ 100 o barril.

O Irã e os Estados Unidos têm ensaiado um confronto mais duro, um ano após Washington ter deixado um acordo nuclear entre iranianos e potências globais que visava limitar o programa nuclear de Teerã em troca da retirada de sanções internacionais.

Bandeira do Irã em plataforma de produção de petróleo na região do Golfo
Bandeira do Irã em plataforma de produção de petróleo na região do Golfo
Foto: Raheb Homavandi / Reuters

O governo norte-americano reimpôs as sanções no ano passado e as endureceu em maio, quando ordenou a todos países que parassem compras de petróleo iraniano. Nas últimas semanas, os EUA também sinalizaram um confronto militar, dizendo que estavam enviando forças extras para o Oriente Médio em resposta a ameaças do Irã.

Um importante assessor militar do aiatolá Khamenei, Yahya Rahim Safavi, disse que os Estados Unidos têm conhecimento de que suas forças militares na região estão dentro do alcance de mísseis terrestres de sua Guarda Revolucionária.

"O primeiro tiro disparado no Golfo Pérsico irá pressionar os preços do petróleo para acima de US$ 100. Isso seria insuportável para a América, a Europa e os aliados dos EUA, como Japão e Coreia do Sul", afirmou Rahim Safavi, segundo a agência de notícias Fars.

O presidente dos EUA Donald Trump condenou o acordo nuclear, assinado por seu antecessor Barack Obama, criticando-o por não ser permanente e não cobrir o programa de mísseis balísticos do Irã nem o papel do país em conflitos ao redor do Oriente Médio.

Trump disse na semana passada esperar que o Irã possa sentar à mesa de negociações para a obtenção de um novo acordo.

O presidente iraniano Hassan Rouhani sugeriu no sábado que o Irã pode se dispor a conversas se os EUA mostrarem respeito, mas disse que o país não será pressionado a negociar.

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