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IPCA-15 sobe 0,10%, nível mais fraco para março em 18 anos

23 mar 2018 - 09h39
(atualizado às 09h49)
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Consumidores fazem compras em mercado em São Paulo 11/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Consumidores fazem compras em mercado em São Paulo 11/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

A prévia da inflação oficial do Brasil desacelerou com força em março e atingiu o nível mais baixo para o mês em 18 anos com queda nos preços dos alimentos, mantendo o caminho aberto para mais cortes de juros pelo Banco Central.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,10% em março, contra avanço de 0,38% em fevereiro, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta é a leitura mais fraca para março desde o avanço de 0,09% em 2000 e ficou um pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,12%.

Após esse resultado, o IPCA-15 passou a acumular em 12 meses avanço de 2,80%, sobre 2,86% no mês anterior, permanecendo firmemente abaixo do piso da meta de 4,5% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em 12 meses, a expectativa era de que o IPCA-15 subisse 2,82%, também na pesquisa Reuters.

Segundo o IBGE, neste mês, registraram deflação os grupos Alimentação e Bebidas e Comunicação. Os preços dos alimentos, que respondem por cerca de 25% das despesas das famílias, caíram 0,07%, sobre alta de 0,13% em fevereiro.

A alimentação no domicílio foi destaque após os preços caírem 0,29%, diante dos recuos de 0,66% das carnes e de 5% do tomate.

Comunicação registrou deflação de 0,19%, com recuo de 0,94% no item telefone fixo pela redução nas tarifas de ligações de fixo para móvel.

Na outra ponta, a maior pressão de alta coube a Saúde e Cuidados Pessoais, que acelerou a 0,54% em março sobre 0,34% no mês anterior, por conta principalmente do aumento de 1,06% nos preços dos planos de saúde.

A fraqueza da inflação vem pressionando o BC na condução da política monetária. Na quarta-feira, cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, levando-a à nova mínima histórica de 6,5% ao ano, e indicou que fará mais uma redução da Selic em maio antes de encerrar o ciclo de afrouxamento monetário.

O cenário econômico para o BC é de desemprego ainda elevado com as empresas acumulando capacidade ociosa, e uma economia em recuperação ainda em busca de engrenar com mais vitalidade.

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