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Investidores apostam em alta nos preços do petróleo, mas mercado físico sugere cautela

15 mai 2018 - 10h42
(atualizado às 12h24)
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Os preços futuros do petróleo subiram para máximas em três anos, o acordo da Opep cortou milhões de barris de estoques em todo o mundo e os investidores estão apostando que as cotações poderão chegar a 80 dólares ou mesmo 90 dólares por barril neste ano.

Bombas de petróleo em campo perto de Vaudoy-en-Brie, na França
23/04/2018
REUTERS/Christian Hartmann
Bombas de petróleo em campo perto de Vaudoy-en-Brie, na França 23/04/2018 REUTERS/Christian Hartmann
Foto: Reuters

Mas os mercados físicos contam uma história diferente. Os preços do petróleo à vista estão com os maiores descontos ante os futuros em anos devido à fraca demanda das refinarias na China e ao acúmulo de cargas na Europa.

Os vendedores estão lutando para encontrar compradores de cargas na África Ocidental, Rússia e Cazaquistão, enquanto os gargalos nos oleodutos impedem a oferta do oeste do Texas e do Canadá.

A divergência é notável porque, tradicionalmente, os mercados físicos são vistos como um melhor indicador dos fundamentos de curto prazo.

Negociantes de petróleo que pedem cargas para refinarias em todo o mundo dizem que os especuladores estão em um terreno instável ao impulsionar os mercados futuros acima de 70 dólares por barril, os níveis mais altos em três anos e meio, devido a preocupações quanto a uma oferta menor da Venezuela e ao impacto potencial das sanções dos EUA sobre o fornecimento do Irã.

Os investidores acumularam milhões de dólares em apostas recordes no mercado de opções, apostando em uma nova recuperação de preços por causa das crescentes tensões geopolíticas, particularmente no Irã, Arábia Saudita e Venezuela, e o declínio global na oferta.

"Nas próximas semanas, devemos começar a ver os mercados globalmente 'limpos', mas se isso não acontecer, acho que podemos estar em apuros", disse um operador de petróleo norte-americano.

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