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Intenção de consumo sobe pelo quinto mês consecutivo

Indicador calculado pela CNC avançou 4,4% em maio ante abril; apesar da inflação, a recuperação do mercado de trabalho vem contribuindo para alguma retomada do rendimento das famílias

24 mai 2022 - 11h26
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RIO - A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 4,4% em maio ante abril, para 79,5 pontos, a quinta alta seguida, informou há pouco a entidade. O nível atingido é também a maior pontuação desde maio de 2020. Na comparação com maio de 2021, houve alta de 17,7%.

Para a CNC, apesar da inflação, a recuperação do mercado de trabalho vem contribuindo para alguma retomada do rendimento das famílias. A avaliação é corroborada pelo aumento de famílias, entre os respondentes da pesquisa da CNC, que consideraram a renda melhor do que há um ano: 24,5% dos entrevistados fizeram essa consideração no ICF de maio, a maior proporção desde maio de 2020 (28,6%).

Além disso, segundo a CNC, todos os componentes do ICF apresentaram alta em maio, com destaque para o subíndice Emprego Atual, que registrou a maior pontuação, 105,8 pontos, com variação mensal positiva de 4,1%.

"Contudo, mesmo com melhor percepção sobre o nível de emprego, a análise indica cautela quanto à perspectiva de consumo no curto prazo, com aumento de 47,8% para 48,0% da parcela de famílias que pretendem reduzir suas compras nos próximos três meses", diz a nota divulgada pela CNC.

Os dados desagregados por faixas de renda mostraram que a intenção de consumo cresceu tanto entre os mais ricos quanto entre os mais pobres, embora o ICF para o primeiro grupo siga em nível mais elevado.

Na passagem de abril para maio, as famílias que ganham até dez salários mínimos apresentaram aumento mensal de 4,8% no ICF, registrando 76,3 pontos, enquanto entre as que ganham acima de dez salários o crescimento foi de 2,8%, alcançando 94,8 pontos. Na comparação com maio de 2021, os dois grupos apresentaram incremento de 18,5% e 15,3%, respectivamente.

Estadão
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