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Inquilino negocia desconto de 15% antes de reajuste da imobiliária

O microempresário Marcus Santana, que viu sua renda cair durante a pandemia, se antecipou ao reajuste de quase 18% no preço do aluguel e pediu um desconto no valor

24 out 2020 - 13h01
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Antes mesmo do boleto de pagamento do aluguel que seria reajustado neste mês em 17,94% pelo IGP-M (Índice Geral de Preços -Mercado) chegar às mãos do microempresário Marcus Santana, ele se adiantou para renegociar com a imobiliária.

Em meados de maio, dois meses depois do início da pandemia, ele e a irmã que são responsáveis pelo pagamento do aluguel do apartamento onde mora a mãe, tiveram uma redução de renda e constataram que não conseguiriam continuar arcando com a despesa.

A saída foi pedir um desconto. Eles procuraram a imobiliária e solicitaram uma abatimento de 20% do aluguel de R$ 1.128. "Fiquei preocupado, porque cresci vendo meus pais negociarem aluguel e achei que seria difícil."

Para a surpresa de Santana, em menos de dez dias a resposta do proprietário veio. O desconto concedido foi de 15% um pouco menor do que o que ele havia pedido, mas ajudou a resolver o problema. "O desconto foi bom, pois conseguimos encaixar essa despesa no orçamento", diz Santana.

Entre os argumentos usados por Santana é que o aluguel sempre foi pago em dia e que a despesa é arcada por ele e as duas irmãs, sendo o risco de inadimplência menor.

"Neste momento um inquilino bom é uma joia", diz o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas, André Braz.

Segundo o economista, teriam impacto nos preços ao consumidor os aluguéis que são reajustados pelos IGP-M se realmente esse reajuste fosse hoje praticados. No entanto, em 12 meses até setembro, o aluguel residencial subiu 3% ao consumidor. Enquanto isso, o IGP-M acumula alta de 17,94% no período. Apesar de o IGP-M ser o índice usado, há espaço para negociação.

Estadão
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